Empresa de chocolates Imperial já pertence oficialmente à espanhola Chocolates Valor
A empresa de chocolates Imperial anunciou hoje que concluiu o processo de venda à espanhola Chocolates Valor, passando a partir de agora a pertencer ao grupo empresarial Valor.
A empresa espanhola Chocolates Valor informou em 24 de março deste ano que tinha chegado a um acordo para a compra da marca portuguesa de chocolates Imperial, ao fundo Vallis Capital Partners, sendo que o “processo de aquisição” está concluído, refere o grupo Valor em comunicado enviado à agência Lusa.
Na altura, a Chocolates Valor entendeu não revelar o valor da transação, já que o acordo de confidencialidade “não o permitia”.
A Autoridade da Concorrência (AdC), por sua vez, em 05 de maio deu “luz verde” à operação de compra da empresa portuguesa de chocolates Imperial pela espanhola Vimaroja, dona da Chocolates Valor.
O regulador nacional não se opôs, concluindo que a transação “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados”.
A Imperial – Produtos Alimentares é a maior fabricante do setor em Portugal, tem quase 90 anos de história, e detém as marcas Regina, Jubileu, Pantagruel, Pintarolas e Alegro.
O grupo Valor vem agora “agradecer aos consumidores portugueses” pelo “apoio e lealdade” de todos estes anos para com a Imperial, assim como para com “as suas marcas conceituadas”, lê-se no comunicado.
Para a empresa Chocolates Valor o objetivo é o de contribuir para a “continuação da história da Imperial” e para a “promoção e desenvolvimento da empresa” tanto em Portugal, como nos restantes mercados internacionais.
Esta é a primeira operação de aquisição internacional por parte da Valor, enquadrada no plano estratégico trienal, que corrobora o “compromisso com a expansão iniciada há décadas” e que a levou a estar presente com os seus produtos em mais de 60 países.
O presidente executivo da Chocolates Valor, Pedro Lopez, afirmava em 24 de março que “a aquisição da Imperial era um “momento importante” e era a “concretização de um sonho”.
“Tratou-se de uma decisão cuidada e que resultou do facto de termos encontrado uma empresa com a qual nos identificamos e que nos complementa. O nosso ‘roadmap’ integra o crescimento orgânico e inorgânico, e nesse sentido analisamos inúmeras propostas para encontrar o parceiro de viagem perfeito”, disse então o gestor.
Durante os cinco anos a Imperial fez parte do portefólio do fundo Vallis Sustainables Investments I, desde que este veículo a adquiriu ao grupo RAR, em 2015, sendo que recebeu um investimento de mais de 16 milhões de euros que permitiu reforçar a notoriedade das suas marcas e modernizar as instalações industriais.
A compra da Imperial é a segunda aquisição na história da Chocolates Valor, já que em 2013 comprou a fábrica de chocolates Ateca, localizada em Zaragoza e as marcas Huesitos e Tokke, sendo que esta é a primeira operação de internacional da empresa.