“Há vida para além da inflação”. O que pode rebentar com os mercados nos próximos meses?

A BlackRock Investment Institute, um dos maiores gestores de investimentos do mundo, com cerca de 6,7 biliões de euros em ativos sob a sua alçada, realizou mais uma das suas sondagens aos sentimentos que dominam os investidores e comparou-os com a realidade o mercado.

Segundo este estudo, os players financeiros estão sobretudo focados no aumento da inflação e dos Índices de Preços, que têm galopado nos últimos dois meses, deixando de lado indicadores importantes, sobretudo o geopolítico, que avalia o impacto dos grandes acontecimentos internacionais nos mercados financeiros. Segundo o Instituto, a confiança e a atenção dos investidores neste indicador caiu, como não se via há quatro anos.

Para a BlackRock, os riscos geopolíticos mais prováveis de afetar os investidores e os seus ativos são: a competição entre a China e os EUA, sobretudo na área industrial, que tem gerado uma grande escassez de chips e a ascensão do preço das commodities, e a possibilidade de um ataque informático em larga escala, que coloque em causa o valor de alguns produtos, como o que feriu o oleoduto gerido pela Colonial Pipeline nos Estados Unidos.

Nesta lista vermelha, a Sociedade de Investimentos pede ainda atenção para as várias crises políticas que têm assolado alguns países e a incapacidade de alguns governos em lidar com a pandemia, como no Brasil e na Índia, onde as empresas estão asfixiadas pela falta de liquidez.

Por fim ,a BlackRock pede a todos os players financeiros para estarem de olhos postos no triângulo de amor e ódio entre Taiwan, Pequim e EUA. O instituto adivinha mesmo um “confronto militar” dentro de um ano em volta ilha, provocado pela polarização entre a China e os EUA, devido ao apoio dado por este último à pequena ilha do Mar do Sul da China.






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