Criptomoedas: Empresas de mineração baixam a cabeça a Pequim e abandonam o continente

Os principais players da mineração de criptomoedas já reagiram ao anúncio proclamado por Pequim na sexta-feira, onde o regime de Xi Jinping voltou a reforçar o seu “não” contra o desenvolvimento deste tipo de ativos no seu território. Grande parte das empresas obedeceram à China “sem piscar os olhos”, com “medo dos riscos regulatórios”.

A HashCow, uma das maiores empresas de mineração do mundo, fez saber, no sábado, que interromperia as vendas deste tipo de maquinaria para o mercado chinês já esta semana, pelo que estava disposta a reembolsar todos os que já tenham pedido encomendas. “Apoiaremos ativamente todos os tipos de leis e regulamentos no país para evitar riscos regulatórios”, disse a empresa chinesa.

Outra mineradora do país e gigante mundial do setor, a Bit.Top, avisou também que vai deixar de oferecer este serviço na sua terra natal. “Vamos passar a minerar sobretudo na América do Norte”, escreveu Jiang Zhuoer, CEO da BIT. TOP, no Weibo.

Na sexta-feira, as ações da BIT Mining caíram 23% na bolsa de Nova Iorque. Já a Huobi Technology, uma exchange de criptomoedas, sofreu uma queda de 22% na segunda-feira na bolsa de Hong Kong.

“A Huobi esforça-se sempre por cumprir as políticas e regulamentos da jurisdição de cada país”, defendeu  a empresa num comunicado enviado às principais redações do mundo.

Desde 2017 que a China tem feito de tudo para expulsar os mineradores de criptoativos do seu país.

Há alguns meses chegou a mesmo a enviar um ultimato às empresas que desenvolviam esta atividade na província da Mongólia Interior, em nome da “poupança da eletricidade”. Na sexta-feira, e “em nome da estabilidade financeira do país”, Pequim voltou a apertar o cerco a todos os players deste mercado.

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