Europa já tem um nome para fazer frente às app de investimento americanas: Trade Republic

Investir no mercado financeiro sem ter de pagar comissões tem, não um, mas dois nomes: Trade Republic ser for europeu, ou Robinhood se estiver a ler-nos nos Estados Unidos. Ambas as aplicações têm, de dia para dia, uma panóplia de clientes, mas esta semana foi a Trade que deu que falar.

A app alemã conseguiu angariar cerca de 788 milhões de euros em bolsa, o que leva a start-up criadora a uma avaliação de 4,97 mil milhões de euros, uma gota, face aos 36 mil milhões de euros da Robinhood registados em setembro, mas um excelente resultado para uma empresa fundada, em 2015, no bloco europeu, onde a propensão para o investimento por parte de particulares é cerca de metade face ao mercado americano, de acordo com a Investing.

Esta injeção de capital torna a Trade Republic uma das start-ups com maior avaliação do setor do fintech e das mais valiosas da Europa.

A Trade Republic permite que os utilizadores negoceiem ações e fundos bolsa, só que, em vez de pagarem uma comissão proporcional de intermediação, como acontece no mercado de capitais tradicional, apenas têm de desembolsar um euro fixo por cada negociação concluída com sucesso.

O grande crescimento desta aplicação deve-se ao facto de, mais recentemente, a Trade ter entrado, à semelhança da sua homónima norte-americana, no mundo das criptomoedas, o que, por outro lado, também levou a certas correções no seu valor por ação nos últimos dias, devido à queda abruta do preço de vários destes ativos digitais.

“50% dos nossos clientes, ou seja mais de 500 mil pessoas, nunca investiram no mercado de capitais antes de entrarem para a nossa aplicação”, afirmou Thomas Pischke, co-fundador da Trade Republic, num comunicado enviado às redações.

“E com esta noção, nós capacitamos as pessoas a começarem a criar riqueza e a entrar num mercado que os bancos não dominam”, acrescenta Pischke.

Fundada em 2015, a Trade Republic cresceu rapidamente ao longo dos anos e hoje tem mais de um milhão de utilizadores na Alemanha, França e Áustria. A empresa conta atualmente com mais de 400 funcionários, e está prestes a lançar um novo processo de recrutamento.