Reino Unido: Inflação mais do que duplica para 1,5% em abril

A taxa de inflação anual do Reino Unido acelerou em abril, impulsionada por uma subida dos preços do vestuário, dos combustíveis e das contas de gás e eletricidade. O valor mais do que duplicou de março para abril, com um salto de 0,7% para 1,5% de um mês para o outro, a subida mais vertiginosa desde março de 2020, no início da pandemia.

A diferença deveu-se principalmente aos aumentos de preços verificados este ano, em comparação com as quedas no início da pandemia, avançou esta quarta-feira Gabinete Nacional de Estatísticas britânico.

A subida acontece numa altura em que os mercados financeiros se mostram apreensivos sobre a inflação, depois de os preços dos Estados Unidos terem registado o maior aumento desde 2008.

De acordo com o gabinete, o aumento no preço do petróleo também levou ao aumento dos preços da gasolina, que estão agora no nível mais alto desde janeiro de 2020.

Hannah Audino, economista da PwC, alerta, em declarações à BBC, que a inflação deve continuar a subir à medida que as restrições de confinamento diminuem e a economia continue a reabrir, “permitindo que os consumidores libertem parte das suas poupanças”.

“Pesquisas recentes sugerem que a proporção de famílias que planeiam gastar parte das suas economias aumentou nos últimos meses, à medida que a vacinação aumenta a confiança”, acrescentou Audino.

Também o governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, disse aos deputados, esta terça-feira, que o banco central antecipava uma aceleração dos preços, enquanto a economia recuperava da pandemia, considerando, no entanto, que esta é uma subida temporária.

Há duas semanas, o Banco da Inglaterra disse que a inflação do Reino Unido poderia atingir 2,5% no final de 2021, mas que cairá para 2% em 2022 e 2023.

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