NASA avança para os primeiros testes com aviões elétricos. Empresários em suspense

Durante o próximo ano, o deserto de Mojave na Califórnia vai receber os primeiros testes com aviões elétricos de porte leve. A iniciativa é levada a cabo pela NASA, com a alta pressão da Casa Branca, já que Joe Biden quer o céu dos EUA ocupado apenas por aeronaves alimentadas a baterias já nos próximos 15 anos.

Os testes de demonstração de propulsão elétrica serão supervisionados pelo Armstrong Flight Research Center da NASA, localizado no norte de Los Angeles, o criador do primeiro avião tripulado que conseguiu ultrapassar a meta da velocidade do som.

A NASA criou o X-57, uma aeronave experimental de dois lugares que se espera que atinja os 160 quilómetros e uma velocidade de cruzeiro de 76,8 metros por segundo (172 mph).

Por sua vez, as empresas privadas estão mais longe e começam a lutar para conseguir voos elétricos regionais até aos 800 quilómetros. No verão do ano passado, um Cessna modificado conseguiu sobrevoar o Estado de Washington durante cerca de 30 minutos, com uma tripulação de nove pessoas.

“A indústria da aviação costumava gozar com esta ideia dos aviões elétricos, mas agora que já perceberam que isto é um projeto com pés e cabeça, e estão cada vez mais interessados  em participar no investimento”, comentou Jim Heidmann, gestor para a tecnologia avançada de transporte aéreo do Glenn Research Center da NASA, em Ohio.

A NASA tem trabalhado na última década para combater as leis da física nesta matéria. Atualmente, para alimentar uma aeronave Airbus média seria necessária uma bateria do tamanho do próprio avião. “Isto não é viável, seria muito pesado para descolar, sobretudo para voar. O peso é um fator muito mais importante nas aeronaves do que nos automóveis”, explicou Heidmann.

Assim, pelo menos a curto prazo, o braço direito de Biden para os céus e para o Espaço acredita que o modelo ideal será um avião híbrido, alimentado a baterias e a combustível.

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