Corticeira Amorim corta dívida em 30%
A atividade da Corticeira Amorim não passou incolume aos efeitos da pandemia. Os resultados referentes ao primeiro trimestre do ano revelam que o lucro da empresa caiu 19,7%, para 16 milhões de euros, no primeiro trimestre em termos homólogos, tendo as vendas recuado 2%, para 199,6 milhões.
A empresa liderada por António Rios de Amorim justifica estes números pelos efeitos causados pela pandemia e pela desvalorização cambial.
“A atividade das unidades de negócio continuou a ser condicionada pelas medidas restritivas implementadas por diferentes países para conter a propagação da pandemia covid-19, com consequências profundas nas economias e padrões de consumo globais”, refere a Corticeira Amorim num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Salientando que a comparação homóloga é feita “com vendas do primeiro trimestre de 2020 não afetadas por covid-19”, a empresa refere que “a evolução cambial teve também um impacto desfavorável”, sendo que, “excluindo este efeito, as vendas teriam sido em linha com as do ano anterior”.
Porém, os números do primeiro trimestre dão também nota de um corte brusco na dívida companhia. Segundo o comunicado enviado ao regulador, a dívida remunerada líquida da empresa baixou 30%, em cerca de 35 milhões de euros, para os atuais 75,6 milhões de euros, “beneficiando de uma evolução favorável das necessidades de fundo de maneiro e níveis de investimento em ativo fixo mais baixo”, justifica a empresa.
Recorde-se que a assembleia-geral de acionistas realizada a 23 de abril de 2021 aprovou a distribuição de um dividendo bruto de 0,185 euros por acão, que será pago a 17 de maio.