Japão arrisca perda de mercado nos carros autónomos
Os veículos de condução autónoma como o caso dos da Google, da Audi ou da Ford representam a tecnologia de produção mais avançada no mercado actual. Por esse motivo, alguns especialistas alertaram as marcas japonesas para o risco destas poderem perder a sua presença no sector dos “self-driving car’s”.
Para o Japão, esta história já é familiar. Muitos grupos electrónicos do país perderam a liderança no mercado de dispositivos móveis para marcas rivais estrangeiras como o caso da Apple e da Samsung. Estas últimas desenvolveram aparelhos mais fáceis de usar, a preços mais baratos ou pelo contrário a preços mais altos que canonizaram os clientes premium.
“A indústria electrónica do Japão, que se orgulhava do seu fabrico de excelência, perdeu a sua competitividade”, diz Takaki Nakanishi, um ex-analista da Merrill Lynch, que dirige o seu próprio grupo de pesquisa. “A mesma coisa poderá acontecer na indústria automóvel se as coisas continuarem como estão agora”. Em resposta, o director de tecnologia da Toyota, Moritaka Yoshida, citou o slogan corporativo da década de 80 “diversão a conduzir” para explicar que um carro de condução autónoma não é propriamente um veículo para o condutor, mas sim um mero meio de transporte.
Yoshiharu Yamamoto, director executivo da Honda, mais salientou que não pretende construir máquinas movíveis. “Os carros não será facilmente transformados em mercadorias como foi o caso dos smartphones ou dos televisores. O código da estrada difere de país para país e os avanços tecnológicos neste tipo de mercado são mais lentos devido aos testes de segurança prolongados”.