Seis descobertas científicas que mudaram o mundo e estão a contribuir para combater a pandemia
Desde que a pandemia se tornou uma realidade, no ano passado, há uma série de descobertas científicas antigas que estão a contribuir atualmente para a luta contra a covid-19, desde a lavagem das mãos ao desenvolvimento das vacinas.
A especialista espanhola Rocío Vidal, mestre em Comunicação Científica pela Universidade de Barcelona, publicou recentemente o livro “Eureka”, onde apresenta as descobertas científicas que mais mudaram o mundo e resumiu algumas à EuropaPress.
1. Experiências e investigação
Na sua opinião, estes fatores representaram uma “mudança de paradigma”, já que a observação da realidade facilitou a proliferação de estudos e do conhecimento em torno da covid-19, algo que nos torna capazes de compreender a doença e o vírus.
Segundo a autora, precisamos de experiências científicas e de investigação para conseguir combater o SARS-CoV-2 (responsável pela covid-19).
2. Células
Desde Aristóteles, acreditava-se muitas vezes que o corpo humano era constituído por partes mais pequenas que constituíam um todo. No entanto, o primeiro microscópio só surgiu mais tarde, em 1590. E depois, Robert Hook, o fundador da Sociedade Real Inglesa, foi quem melhorou a superioridade técnica do microscópio, uma vez que conseguiu ampliar objetos até 50 vezes o seu tamanho.
Hoje em dia, as células desempenham um papel mais importante do que nunca, já que permitem estudar, por exemplo, de que forma é que o novo coronavírus entra no corpo humano e contagia o organismo.
3. Teoria germinal da doença de Louis Pasteur
Esta teoria científica foi publicada há muitos anos, em 1878, e estabelece que os microorganismos são a causa de inúmeras doenças. Na época, foi bastante contestada, mas as suas descobertas permitiram compreender melhor as causas e as prevenções de doenças.
Pasteur argumentou que as doenças infeciosas têm origem num germe que tem a capacidade de se espalhar através das pessoas, e que pode ser fatal. Era considerado estranho, na altura, que algo tão minúsculo que nem sequer conseguirmos ver pode afetar tanto o ser humano.
4. Lavar as mãos
Algo tão simples e básico que tem ajudado a travar novos casos de covid-19 e que remonta a 1850. O promotor foi o médico húngaro Ignaz Semmelweis, que levantou uma tese inovadora na altura, e lavou as mãos numa solução de cal clorada para remover as partículas que permaneciam presas às suas mãos, que iam tratar doentes.
O médico provou que desinfetar as mãos antes do parto reduzia as mortes de mulheres em trabalho de parto, então tão frequentes. No seu hospital, a taxa de mortalidade das mulheres em trabalho de parto foi reduzida de 30% para 1%.
5. Vírus
Custou muito identificar um vírus pela primeira vez, por ser algo tão minúsculo. Só em junho de 1935 é que isto foi conseguido, pelo químico e investigador do Instituto Rockefeller Wendell M. Stanley, que conseguiu isolar a partícula infeciosa das folhas de tabaco pela primeira vez na história.
A partir de quantidades consideráveis de folhas de tabaco infetadas, conseguiu extrair o vírus. Desde então, essa descoberta científica mostrou-se muito revelante, já que permite identificar e tratar muitas infeções e doenças, como é o caso da covid-19.
6. Vacinas
Em 1805, Napoleão Bonaparte ordenou a vacinação de todos os seus soldados com o método inovador do médico inglês Edward Jenner contra a varíola. Este médico descobriu que ao inocular alguém com algum material infetado com varíola bovina, essa pessoa não contraía a doença e tornava-se imune.
Milhares de anos depois, a vacina continua a ser a chave para anular muitas doenças e para erradicar pandemias, como é caso da covid-19.