Quase metade dos portugueses acha que o país vai deixar de usar dinheiro físico em 5 anos, aponta estudo

Cerca de 48% dos portugueses, quase metade, acreditam que o seu país vai deixar de utilizar dinheiro físico nos pagamentos em cerca de cinco anos. A conclusão é de um estudo da Intrum sobre os hábitos e comportamentos dos europeus, que se alteraram muito por conta da pandemia da Covid-19.

«Os consumidores em toda a Europa mudaram os seus comportamentos de pagamento nos últimos anos e muitos preferem pagar bens e serviços através de meios digitais. Para mitigar o risco da queda da procura devido à pandemia COVID-19, as empresas têm tentado facilitar o processo de pagamento para que o cliente pague o que deve», começa por referir a empresa num comunicado enviado às redações.

O estudo mostrou assim que «48% dos inquiridos em Portugal acreditam que o país não usará dinheiro físico dentro de 5 anos. Um aumento muito acentuado em relação a 2019 (16%), mas a acompanhar a Europa, onde a percentagem passou de 23% em 2019, para 57% em 2020».

Adicionalmente, quando questionados sobre os impactos de uma sociedade sem dinheiro, o estudo revela que 62% dos inquiridos portugueses consideram que a exposição aos ciberataques constitui o maior risco para as empresas, um valor 5 pontos percentuais acima da média europeia. «A quantidade de informação disponível sobre transações e os custos da mesma, são outras áreas destacadas pelos gestores portugueses e em linha com os seus congéneres europeus», acrescenta.

Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, indica que «uma sociedade sem dinheiro pressupõe uma economia nacional na qual os meios digitais para a realização de transações (cartões de crédito, MB Way, PayPal, etc…) substituem a utilização de moedas e notas físicas. Novas tecnologias, como software de crédito e cobrança pode aumentar a eficiência no processo da cobrança de dívidas e construir relações mais fortes com os clientes».