Organização Internacional do Trabalho traça três cenários para o emprego em 2021

O Observatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no relatório anual hoje divulgado, traça três cenários para a evolução do emprego – um de referência, outro mais desfavorável e ainda um favorável.

1. Cenário de referência

Baseado nas estimativas de outubro de 2020 do Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê-se uma perda de 3% nas horas de trabalho em todo o mundo em 2021, em comparação com o quatro trimestre de 2019. Tal é equivalente a 90 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro.

2. Cenário mais desfavorável

Na hipótese de se alcançarem avanços lentos no processo de vacinação, prevê-se uma redução das horas de trabalho de 4,6%.

3. Cenário mais favorável

Prevê-se uma redução de 1,3%. O controlo da pandemia, bem como o aumento da confiança dos consumidores e das empresas, propiciarão o caso hipotético mais favorável.

Segundo o relatório da OIT, em todos os cenários prevê-se que a quantidade de horas de trabalho nas Américas, Europa e Ásia diminua mais do dobro do que nas restantes regiões.

Nesse sentido, o Observatório a OIT deixa recomendações para a execução de políticas para mitigar a crise.

– Manutenção de políticas macroeconómicas flexíveis em 2021 e nos anos seguintes, na medida do possível, através de incentivos fiscais e a definição de medidas que fomentem os salários e o investimento;

– Formulação de medidas específicas destinadas a melhorar a situação das mulheres, jovens e os trabalhadores pouco qualificados que auferem uma remuneração baixa, entre outros grupos particularmente afetados.

– Prestação de assistência internacional a países de rendimento baixo ou médio, cujos recursos financeiros são insuficientes para realizar o processo de vacinação e promover a recuperação económica e do emprego.

– Adoção de medidas de apoio específicas destinadas aos setores mais afetados e fomento do emprego nos em que se registam avanços a um ritmo mais acelerado.

– Promoção do diálogo social para aplicar as estratégias de recuperação necessárias que permitam atingir economias mais inclusivas, justas e sustentáveis.

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