Variantes do coronavírus podem levar a falsos negativos em testes moleculares, alerta a FDA
As variantes genéticas do novo coronavírus, incluindo a encontrada no Reino Unido, podem afetar o desempenho de alguns testes moleculares da Covid-19 e levar a resultados de falsos negativos, alerta a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, esta sexta-feira.
Segundo avança a ‘Reuters, a agência alertou a equipa do laboratório clínico e os prestadores de cuidados de saúde sobre os possíveis resultados de falsos negativos de qualquer teste molecular e pediu que considerassem esses resultados em combinação com as observações clínicas, assim como, que repetissem o teste com um outro diferente se ainda se mantivesse a suspeita de Covid-19.
A FDA ressalva, no entanto, que o risco dessas mutações afetarem a precisão geral dos testes é baixo.
O kit combinado TaqPath Covid-19 da Thermo Fisher Scientific e o kit de ensaio Linea Covid-19 mostraram ter sensibilidade reduzida significativamente de mutações, incluindo a variante B.1.1.7 ou a chamada variante do Reino Unido, de acordo com a agência.
No entanto, uma vez que ambos os testes são projetados para detetar múltiplos alvos genéticos, a sensibilidade geral do teste não deve ser afetada, esclarece ainda a FDA.
O regulador de saúde dá ainda nota de que o desempenho do teste Accula SARS-COV-2 da Mesa Biotech também pode ser afetado pelas variantes genéticas.
Particularmente sobre a variante encontrada pela primeira vez no Reino Unido soube-se hoje que cerca de 45 países de todo o mundo já a identificaram. Mas os especialistas alertam para o facto de que podem ser ainda mais as regiões a registar a estirpe, com o aumento das infeções a que se assiste.
Portugal é um dos países que registou a nova mutação com transmissão comunitária, contabilizando para já cerca de 34 casos, 18 na Região Autónoma da Madeira e 16 no Continente, segundo os últimos dados disponíveis. Ao nosso país junta-se também Espanha, França, Alemanha e Itália, entre outros.