ACEA quer maior celeridade na definição de novo ciclo de emissões
Com a União Europeia empenhada em baixas os níveis de emissões poluentes nos seus estados membros, a Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) demonstrou a sua abertura para colaborar de forma activa com a CE e outros integrantes da indústria automóvel no desenvolvimento de um novo ciclo de medição de emissões de partículas de NOx em veículos ligeiros.
Este novo ciclo, apelidado Real Driving Emissions (RDE), vai exigir por parte dos construtores a adopção de novos meios de teste e de desenvolvimento dos seus automóveis, os quais só poderão ser tomados depois de se chegar a um consenso quanto a este novo modo de testes.
A posição da ACEA surge no seguimento do apoio demonstrado pelos Estados membros da União Europeia a uma proposta da Comissão Europeia no sentido de regular as emissões em ciclo real, mas que para aquela associação se revela ainda “muito incompleta”.
“Esta decisão não significa, de forma alguma, o final da discussão relativa ao RDE, na medida em que o que foi acordado foi apenas um conjunto parcial de condições de avaliação para as emissões em condução real”, refere a ACEA.
A ACEA tem apelado à Comissão Europeia e respectivos estados membros para que cheguem a acordo quanto às condições de avaliação exigidas até ao final de Julho, no limite – entre as acordadas ontem e outras que são vitais para uma regulação eficaz do RDE. Além disso, a ACEA procura a adopção de uma base dividida em dois passos, que permitiria à indústria ter o devido tempo para se adaptar aos novos regulamentos do RDE de forma a proceder às necessárias alterações nos seus automóveis.
“Esses e outros assuntos têm de ser solucionados se as novas condições de testes forem implementadas até Setembro de 2017”, lê-se num comunicado da Associação, cujo secretário-geral, Mr. Jonnaert, explicou que é preciso “fazer maiores progressos na clarificação de todas as condições de testes de forma a assegurar um regulamento RDE sólido que comece em Setembro de 2017”.