Covid-19: Bruxelas autoriza Hungria a utilizar vacina russa sem aprovação da Agência Europeia de Medicamentos
A Hungria vai poder fornecer a vacina russa contra o novo coronavírus, a Sputnik V, aos seus cidadãos. A Comissão Europeia confirmou esta segunda-feira que o país poderá fornecer a vacina sem a autorização da Agência Europeia de Medicamentos, de acordo com o El País.
Concretamente, as autoridades húngaras podem utilizar um procedimento de emergência previsto na regulamentação europeia que permite aos Estados-membros testar nos seus territórios vacinas que ainda não tenham a aprovação centralizada deste organismo europeu, embora numa base “limitada” e “temporária”.
“Numa situação de emergência, um Estado-membro pode autorizar uma vacina e a sua distribuição aos cidadãos de forma limitada”, explicou Eric Mamer, o porta-voz principal da União Europeia (UE), numa conferência de imprensa. Segundo o responsável, nestes casos, a vacina autorizada só pode ser fornecida dentro das fronteiras do país que tenha optado por este procedimento.
A Hungria decidiu distanciar-se dos outros Estados-membros, optando pela vacina russa contra a covid-19 que, segundo Moscovo tem uma eficácia de 95%. Também a Bielorrússia, Índia e Emirados Árabes Unidos estão na lista de países que testam esta vacina.
O primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo chegará aos clientes em janeiro de 2021 com base nos acordos já firmados com parceiros estrangeiros.
A Comissão Europeia assinou esta segunda-feira o quinto contrato de aquisição de vacinas contra a covid-19 com a farmacêutica alemã, CureVac. O anúncio foi feto através do Twitter pela Presidente do bloco, Ursula von der Leyen, e pela comissária da saúde, Stella Kyriakides.