Política pesa demasiado nas respostas. OMS tem de ter mais liberdade, defende especialista

A Organização Mundial de Saúde (OMS) precisa de uma maior liberdade quando recomenda medidas para combater crises sanitárias globais, defende um dos líderes do painel independente que está a avaliar a resposta à pandemia.

Preocupações sobre medidas com um impacto económico podem minar a capacidade da agência global de saúde para combater novas ameaças, disse Helen Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia e administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, numa entrevista à Bloomberg.

“Esperamos que a principal autoridade mundial de saúde pública ofereça os melhores conselhos que puder”, disse. “E se o ‘poder’ não gosta destes conselhos, isso não é problema da OMS. Tem de agir em nome do que considera ser o melhor interesse da saúde pública”, sublinhou.

Tanto a OMS como muitos dos seus países-membros têm sido escrutinados pela resposta à pandemia que já infetou cerca de 47 milhões de pessoas, matou mais de 1,2 milhões e ‘sufocou’ economias em todo o mundo.

A responsável considera, assim, que a OMS precisa de se cingir a ser mais uma agência técnica, e ligar menos à política. “Precisa de ser despolitizada. Existe uma ameaça existencial que interessa a todos os seres humanos na Terra”, sublinhou.

Clark reviu em julho as ‘lições’ aprendidas com a resposta internacional coordenada pela OMS em matéria de saúde.

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