Mulheres são metade na banca mas paridade ainda não chegou às chefias

As mulheres atingiram os 50% do total da força de trabalho da banca em 2019, mas a paridade atingida no ano passado não se reflete nas chefias, onde ainda são 38,5%, segundo a Associação Portuguesa de Bancos (APB).

De acordo com o Boletim Informativo da APB relativo a 2019, hoje divulgado, no ano passado verificou-se um “aumento da representatividade do género feminino, que passou a representar 50% do total de colaboradores” no setor bancário.

No entanto, num gráfico apresentado no mesmo documento, é possível verificar que as mulheres apenas não são maioritárias nas chefias, onde representam 38,5% do total, face a 61,5% de homens.

Em todas as restantes funções as mulheres estão em maioria, já que representam 51,5% da força de trabalho em funções específicas, 59,4% em funções administrativas, e 62,1% em funções auxiliares, em contraste com 48,5%, 40,6% e 37,9% de homens nessa tipologia de funções, respetivamente.

A APB assinala ainda que se mantiveram “as tendências dos anos anteriores” em termos de perfil da força de trabalho, e além da subida do número de mulheres, verificou-se um “aumento da representatividade dos escalões de idade mais elevada (com idade igual ou superior a 45 anos)”, o “aumento do peso das funções específicas” e ainda o “aumento do peso dos colaboradores com formação académica superior”.

O escalão etário igual ou superior a 45 anos representava 50,8% do total, com a idade média dos trabalhadores da banca a ser de 48,9 anos e a antiguidade média de 21,3 anos, sendo que 57,3% dos trabalhadores da banca trabalhavam no setor há mais de 15 anos.

Do total dos trabalhadores da banca, 64,5% tinham habilitações literárias de nível superior, 53,6% exerciam funções específicas e 56,5% desempenhavam funções na área comercial, sendo que 97,4% possuíam vínculo contratual efetivo no setor.

No entanto, o número de contratados a prazo tem vindo a aumentar desde 2016, passando de 852 nesse ano e em 2017, 944 em 2018 e 1.204 em 2019.

Em termos de habilitações literárias, o número de trabalhadores com ensino básico também tem vindo a diminuir, passando de 2.540 em 2016 para 1.606 em 2019, sendo uma tendência verificada também nos trabalhadores com ensino secundário, que passaram de 16.380 em 2016 para os 14.545 em 2019.

O número de trabalhadores com o ensino superior concluído tem vindo a aumentar, já que passou de 27.030 em 2016 para 29.290 em 2019.

No total, os associados da APB empregavam 46.549 trabalhadores em 2019, menos 62 face a dezembro de 2018.

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