Putin pode tentar matar Navalny outra vez. Ocidente “pouco pode fazer quanto a isso”, diz NATO

O principal opositor do Presidente russo Vladimir Putin, Alexei Navalny, recentemente envenenado, já anunciou que tenciona regressar à Rússia depois de recuperar. Navalny, que está a ser tratado no hospital Charité, em Berlim, poderá estar a correr um “enorme risco pessoal”, segundo avançaram três oficiais dos serviços secretos da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) à Business Insider.

As três fontes, que se concentram nas operações dos serviços secretos russos, consideram que Navalny poderá mudar de ideias, ou ser convencido pelos serviços secretos ocidentais, de que o risco de regressar a um país onde o Presidente aparentemente o quer assassinar é demasiado elevado.

Mas também concluíram que, por agora, a tentativa fracassada de matar Navalny na Sibéria torna mais difícil para Putin uma segunda tentativa. Ainda assim, se for o caso, e de acordo com as fontes da NATO, o Ocidente “pouco pode fazer quanto a isso”, porque tem um historial “fraco” de resposta às ameaças de segurança russas, pelo que Alexei continuará em risco.

O líder da oposição russa ainda está no hospital, a recuperar, e tem apresentando várias melhorias. Já foi retirado da ventilação mecânica e consegue respirar sozinho, já consegue andar e já saiu da sua cama.

Esta quinta-feira, um vídeo publicado no instagram de Navalny mostrou membros da sua equipa a revistarem o quarto de hotel onde Alexei esteve, em Tomsk, na Sibéria. Descobriram que o opositor russo foi envenenado pelo agente neurotóxico Novichok, que remonta à era soviética, no quarto do hotel, e não no aeroporto, como se pensava anteriormente.

O Kremlin, sede do Governo russo, continua a negar qualquer envolvimento no caso.

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