Conselho de Ministros aprova novas regras para as escolas. Governo apela ao esforço pelo ensino presencial

“Temos de nos organizar para fazer um esforço, para que o próximo ano lectivo possa correr tanto quanto possível só com o ensino presencial”, começou por dizer o primeiro-ministro, António Costa, a propósito do regresso às aulas, que vão retomar na próxima semana.

Neste sentido, a escola digital deve ser uma “rede de segurança”, disse Costa na conferência de imprensa da reunião do Conselho de Ministros, no Palácio Nacional da Ajuda, onde foram decididas as medidas que vão entrar em vigor a partir da próxima terça-feira, dia 15 de Setembro – altura em que o país regressa à situação de contingência.

Costa apela ao esforço pelo ensino presencial, mas assegurou que a rede de ensino à distância vai manter-se, para suporte de apoio e caso seja preciso recorrer ao “#Estudo em Casa”.

Quanto às possíveis transmissões nos estabelecimentos de ensino, o primeiro-ministro explicou que a ideia é detectar e isolar o mais rapidamente possível qualquer contágio. “Se for uma pessoa, é o melhor, se forem duas é a segunda melhor hipótese”. Só depois é que vem o “isolamento” da turma (“terceira hipótese”) e, no fim, da escola (“quarta hipótese”). O objectivo é “limitar o mais possível as pessoas em isolamento”, sublinhou.

Costa lembrou que o contágio pode ocorrer no percurso da escola para casa, ou o contrário. Neste sentido, apelou ao cumprimento das regras nestes percursos e desaconselhou os ajuntamentos à volta das instuições de ensino: os restaurantes, cafés e pastelarias a 300 metros das escolas vão ter restrições mais apertadas e uma “norma específica”: 4 pessoas à mesa, no máximo. “É necessário assegurar fora do espaço escolar as mesmas restrições”, salientou.

“O risco de contágio fora da escola não é menor que na escola”, por isso, António Costa apelou ainda a que as regras de lavagem de mãos, uso máscara e distanciamento social fossem mantidas.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) já definiu e difundiu nas escolas as orientações sobre como devem ser organizados os espaços escolares e as medidas de contingência que devem ser adoptadas em casos de infecções ou surtos de covid-19 nas instituições de ensino, informou ainda o primeiro-ministro na conferência de imprensa da reunião do Conselho de Ministros, esta quinta-feira.

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