Extensão dos cortes na produção de petróleo é benéfico para África, defende CEA
A Câmara de Energia Africana (CEA) considerou hoje que a prorrogação dos cortes na produção até 30 de julho, decidida no domingo, é positiva para os países africanos produtores de petróleo, como Angola e Guiné Equatorial.
“A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está a tomar os passos corretos para responder ao mercado e deve ser elogiada, a incerteza é má para a indústria petrolífera e a extensão dos cortes da OPEP garante estabilidade ao mercado”, comentou o presidente da CAE numa nota enviada à Lusa.
“As companhias petrolíferas africanas e mesmo as companhias estatais estão a enfrentar uma batalha pela liquidez devido à guerra de preços e ao novo coronavírus, e não têm ajudas estatais como as companhias do Ocidente, por isso esperamos que os cortes à produção permitam um impulso no mercado, mas o cumprimento e a colaboração com o G20 são essenciais”, vincou NJ Ayuk.
A OPEP e restantes produtores (OPEP+) prorrogaram por mais um mês os atuais cortes de produção, anunciaram os produtores no final de domingo: “A primeira fase de redução das extrações acordadas para maio e junho de 2020 é prorrogada por mais um mês, até ao final de julho”.
No documento confirmou-se a continuidade do atual corte de 9,7 milhões de barris diários, decidido no passado mês de abril, face à quebra da economia por causa da pandemia de covid-19.
Na abertura da conferência, o presidente da OPEP+, o ministro argelino da Energia, Mohamed Arkab, sublinhou que, no primeiro semestre do ano, “o aumento das reservas mundiais de petróleo está estimado em 1,5 mil milhões de barris, algo sem precedentes” na história.