Explosão em Beirute: População só tem comida para mais duas semanas e meia
A explosão que abalou a capital do Líbano, no dia 4 de Agosto, destruiu o porto de Beirute – a principal porta de entrada para um país que importa mais de 80% dos seus bens alimentares. Com o porto destruído, os libaneses só têm comida para mais duas semanas e meia, avança a RTP.
Beirute deveria ter uma reserva oficial de bens alimentares para 12 semanas, mas o país não tem essa reserva estratégica.
O ministro da Economia revelou que tem 32 mil toneladas de cereais de reserva e espera que o país receba mais 110 mil toneladas – o que daria para cerca de 6 meses.
As Nações Unidas já enviaram 50 mil toneladas de farinha para poder alimentar os libaneses.
A RTP revela que, para já, a escassez de comida ainda não é visível nas ruas da capital do Líbano.
No sector privado ainda há reservas, mas, de acordo com as Nações Unidas, cerca de 2 milhões de pessoas afectadas vão precisar de cabazes alimentares diários.
253 milhões de euros angariados vão ser entregues às Nações Unidas para que, juntamente com outras organizações humanitárias, consigam alimentar a população local.
As duas explosões sucessivas que abalaram a capital do Líbano na semana passada provocaram pelo menos 171 mortos e mais de 6.000 feridos. O nitrato de amónio esteve na origem das explosões.