A análise de Carla Marques, CEO da Intelcia Portugal
A aplicação de ferramentas de IA nas empresas configura-se inevitável: 5% das organizações inquiridas ainda não a utilizam, embora planeiem fazê-lo; 52% indicam integrá-la em várias áreas da sua atividade; os restantes estão em fase de testes ou capacitação interna. Estes dados ganham relevância quando cruzados com as estratégias para mitigar a escassez de mão de obra: a atração de imigrantes (50%), automatização e digitalização (40%), requalificação profissional (33%) e valorização do ensino técnico (30%). Embora a IA esteja amplamente disseminada, não é vista como resposta central à falta de talento, o que sugere que as empresas a consideram já consolidada, focando agora em soluções estruturais e humanas. Estes movimentos visam complementar a transformação tecnológica com uma base de capital humano capaz de a sustentar. Estes dados revelam um tecido empresarial que consolida o que construiu, alarga fronteiras e aposta na inovação sustentável, equilibrando robustez interna e ambição externa. Com 58% a afirmar que o 1.º semestre decorreu dentro das expectativas e 15% que as superou. Este grau de confiança revela uma maior maturidade na gestão da incerteza e na capacidade das organizações se adaptarem com agilidade e eficácia a um contexto em constante evolução, algo determinante para enfrentar os desafios e oportunidades do 2º semestre. A inovação e a internacionalização serão os principais catalisadores da 2ª metade do ano.
Testemunho publicado na edição de Agosto (nº. 233) da Executive Digest, no âmbito da XLIII edição do seu Barómetro.














