É um dos homens mais ricos do mundo, mas Warren Buffett deixou-se apanhar por um esquema Ponzi. O filantropo investiu 340 milhões de dólares (cerca de 308,7 milhões de euros) através da Berkshire Hathaway – da qual é presidente – na DC Solar, empresa que, entretanto, se assumiu culpada de fraude.
Dedicada ao desenvolvimento e implementação de painéis solares móveis, a DC Solar apresentava-se ao mercado como uma companhia cuja missão é levar energia limpa a eventos desportivos e festivais de música. Segundo adianta o El Economista, o esquema de pirâmide que levou a cabo chegou aos mil milhões de dólares (aproximadamente 907 milhões de euros) e Warren Buffett foi apenas uma das vítimas. Progressive Corp, East West Bancorp, Valley National Bancorp e Sherwin-Williams também fazem parte da lista.
A mesma publicação espanhola justifica o interesse dos investidores em projectos como DC Solar com a possibilidade de obterem benefícios e deduções fiscais nos seus restantes negócios.
Jeff Carpoff, um dos proprietários da DC Solar declarou-se culpado na passada sexta-feira junto do Tribunal Federal de Sacramento, nos Estados Unidos da América. Admitiu ter lavado dinheiro através da companhia, de acordo com os registos judiciais a que a Bloomberg teve acesso. A esposa Paulette Carpoff também se declarou culpada de lavagem de dinheiro e conspiração para cometer um delito contra o país.
Dos mil milhões de dólares que resultaram deste esquema Ponzi, somente 120 milhões foram recuperados, adianta o mesmo documento.
Mas como funcionava o esquema? Os Carpoff utilizavam o dinheiro conquistado através de novos investidores para pagar aos antigos, em vez de recorrerem ao fluxo de caixa resultante da actividade comercial. Pelo meio, grande parte do dinheiro era desviado para gastos e investimentos pessoais.














