Veja o que a Bosch está a preparar para o futuro

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Baterias elétricas com o dobro da autonomia, tratamento de dados e sensores MEMS, são algumas das promessas da Bosch  para o futuro
Aa nova geração de baterias elétricas que permitirão percorrer grandes distâncias sem necessidade de carregamentos e com um custo inferior ao das atuais. Até 2020, as baterias Bosch deverão ser capazes de armazenar o dobro da energia. As previsões do mercado são surpreendentes: em 10 anos, a Bosch espera que cerca de 15% de todos os veículos novos em todo o mundo tenham uma bateria elétrica. “Os nossos especialistas estão a desempenhar um papel fundamental no desbravar do caminho para a mobilidade elétrica”, diz Michael Bolle, presidente do setor corporativo para a investigação e engenharia na Robert Bosch GmbH. Os investimentos anuais da Bosch em electromobilidade montam a cerca de 400 milhões de euros.
A exploração de dados é outro dos focos da investigação da Bosch. É uma nova matéria-prima está a tornar-se no motor da economia. Ao contrário do ouro, aço, ou plástico, é invisível e intangível. É constante o crescimento do fluxo de dados das fábricas interligadas, carros conectados e produtos igualmente conectados. Usados corretamente, oferecem um enorme potencial para um melhor serviço ao cliente e sistemas otimizados de produção – e assim asseguram uma maior competitividade. “A capacidade de gerar novos conhecimentos de big data é uma competência-chave do futuro”, disse Lothar Baum, cientista de computação. Em Renningen, novo campus de investigação da Bosch, ele lidera uma equipa de investigadores que está envolvida no processo computacional de descobrir padrões em grandes conjuntos de dados ou exploração de dados. Entre outras coisas, a pesquisa de Baum concentra-se em perceber como a exploração de dados pode ser usada na otimização da indústria conectada.
Outro campo da investigação da Bosh são os sensores MEMS, uma tecnologia-chave para a Internet das Coisas (IoT). São tão pequenos como a cabeça de um alfinete, mas estão a mudar a vida quotidiana: falamos dos minúsculos sensores micromecânicos da Bosch. Em pulseiras de ginástica, medem a atividade física e ajudam as pessoas a alcançar uma melhor saúde e bem-estar. Nos carros, sensores de identificação de situações de perigo alertam imediatamente o sistema eletrónico de controlo para manter o veículo na estrada. Como os sensores detetam a gravidade da Terra, os smartphones podem mudar a orientação do ecrã para satisfazer as necessidades do utilizador. A Bosch é líder mundial no fabrico de sensores MEMS (Sistemas microeletromecânicos). Desde que iniciou a sua produção em 1995, a empresa já fabricou mais de 6 mil milhões. “O principal desafio no desenvolvimento contínuo dos nossos sensores MEMS é o seu consumo de energia. Por exemplo, mais inteligência em sensores faz com que seja possível reduzir o consumo de energia”, diz Franz Lärmer, especialista em sensores da Bosch. É difícil definir quantas aplicações potenciais poderá ter um sensor.