Surto de hepatite A no Montijo leva escolas a alertar pais e a reforçar medidas preventivas

Um surto de hepatite A está a preocupar as autoridades de saúde e as comunidades escolares do Montijo, levando várias escolas do concelho a alertar os encarregados de educação e a reforçar medidas de prevenção. A situação foi comunicada oficialmente pela Delegada de Saúde da Unidade de Saúde Pública do Arco Ribeirinho, que abrange também os concelhos de Alcochete, Barreiro e Moita.

Executive Digest
Novembro 13, 2025
18:36

Um surto de hepatite A está a preocupar as autoridades de saúde e as comunidades escolares do Montijo, levando várias escolas do concelho a alertar os encarregados de educação e a reforçar medidas de prevenção. A situação foi comunicada oficialmente pela Delegada de Saúde da Unidade de Saúde Pública do Arco Ribeirinho, que abrange também os concelhos de Alcochete, Barreiro e Moita.

De acordo com o Diário de Notícias, a informação foi transmitida por email aos pais através das direções dos agrupamentos escolares, onde se lê que “na área de abrangência da ULS Arco Ribeirinho, que inclui os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, ocorre um surto de hepatite A”. As escolas asseguram estar a seguir as orientações das autoridades de saúde, recordando que esta infeção é de notificação obrigatória e implica medidas de “evicção escolar”, isto é, afastamento temporário de alunos infetados, bem como ações de controlo e sensibilização para evitar a propagação do vírus.

Segundo o jornal, o alerta foi enviado a várias escolas do concelho, embora não tenha sido possível confirmar se o mesmo procedimento foi seguido nos restantes municípios da área do Arco Ribeirinho. Esta quinta-feira, todas as escolas da freguesia do Montijo estiveram encerradas, mas por razões meteorológicas — as fortes chuvas provocaram inundações e estragos que motivaram a decisão da Proteção Civil.

O surto terá começado na segunda quinzena de outubro, quando foi detetado um caso positivo de hepatite A num aluno da Escola D. Pedro Varela, no Montijo. De forma preventiva, os pais dos colegas da turma foram aconselhados a dirigir-se ao centro de saúde da cidade para vacinar gratuitamente os seus educandos. A escola e a unidade de saúde coordenaram o processo, definindo uma data e horário específicos para a vacinação, que ficou ao critério de cada encarregado de educação. O procedimento decorreu em menos de uma semana após a deteção do caso, sem necessidade de suspender as aulas, e o aluno infetado já regressou à escola.

Contactadas pelo DN, a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Educação ainda não esclareceram a dimensão real do surto nem os protocolos de resposta ativados. Também não foi possível obter declarações da delegada de Saúde responsável pela área do Arco Ribeirinho. Entretanto, o Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) alertou para a ocorrência de novos casos de hepatite A, sobretudo na região de Lisboa, em simultâneo com um surto de mpox (antiga varíola dos macacos).

Em declarações à agência Lusa, o GAT apelou à vacinação gratuita contra ambas as doenças, tal como previsto na Norma de Orientação Clínica da DGS publicada no verão de 2025. A organização sublinha que “a vacinação, quando disponível, é a melhor prevenção”, mas lamenta que “o acesso precário à imunização continue a ser a principal barreira à contenção da transmissão dos vírus”. Já a DGS confirmou à mesma agência um “aumento do número de casos de mpox”, que pode indicar “uma intensificação da transmissão, embora ainda sem evidência de um novo pico epidémico”.

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