Portugueses são dos que mais estão ‘agarrados ao volante’ da Europa
Mais de dois terços dos portugueses (70%) usam o veículo próprio para assegurar a sua mobilidade diária, 40% admite que esta é a sua opção de mobilidade preferida e, por outro lado, 81% considera existirem demasiados carros atualmente nos grandes centros urbanos, revela um estudo da plataforma FREE NOW.
Com estes valores, os portugueses estão assim no topo do ranking dos europeus que têm maior dependência do carro particular a par dos irlandeses (70%) e seguidos de perto por polacos (67%) e italianos (67%).
Apesar destes indicadores, oito em cada dez portugueses consideram existir demasiados carros nas grandes cidades.
Por outro lado, apenas 27% identifica os transportes públicos (metro, autocarro, etc) como a escolha favorita em termos de mobilidade e este registo decresceu dois pontos percentuais quando comparado com há cinco anos. Somente os cidadãos italianos (27%) e os irlandeses (18%) apresentam registos iguais ou inferiores.
Ainda assim, no que diz respeito a outras alternativas de mobilidade, os Táxi e TVDE foram os únicos meios de transporte a registar um crescimento com o número de portugueses que afirmam usar regularmente a passar de 9% para 11% apenas nos últimos seis meses.
Os principais problemas apontados pelos portugueses no que diz respeito à mobilidade urbana são o estacionamento (50%), o trânsito (44%) e uma rede inadequada de transportes públicos (42%).
Os mais recentes dados do TomTom Traffic Index mostram que o trânsito nas grandes cidades europeias voltou a disparar e em alguns casos superou mesmo os níveis registados em contexto pré-pandemia.
“Num momento em que o tema das alterações climáticas domina a agenda dos vários governos europeus, este estudo fornece-nos insights relevantes e preocupantes que nos devem colocar a todos a refletir sobre formas de alterar estas tendências”, considera Bruno Borges, General Manager da FREE NOW em Portugal.
Este estudo foi realizado pela Dynata, empresa especializada em inquéritos online, durante a primeira semana de setembro e contou com 5110 respostas provenientes de países como Áustria, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha e Reino Unido.