Covid-19: Vacina da AstraZeneca é «segura e eficaz» mas «há poucos dados acima dos 65 anos», diz DGS
Válter Fonseca, da Direção Geral da Saúde (DGS), disse esta segunda-feira que a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, é «segura e eficaz», contudo, ainda «há poucos dados acima dos 65 anos». Em conferência de imprensa conjunta com a ministra da saúde, Marta Temido, o responsável falou sobre esta matéria.
«Enquanto os estudos estão a decorrer pareceu-nos prudente privilegiar a vacinação de pessoas com menos de 65 anos, com esta vacina e privilegiar as outras com a vacinas de MRNA», disse Válter Fonseca, sublinhando que a partir dos 65 anos «os dados são ainda mais escassos».
No entanto, o responsável ressalva ainda que «perante uma situação de pandemia, como aquela que estamos a viver, a vacina que é mais utilizada é aquela que estiver disponível para proteger o maior número de pessoas».
«Todas pessoas com menos de 65 anos dos grupos definidos na fase um, serão privilegiadas com a vacinação desta vacina da AstraZeneca», disse Válter Fonseca em conferência de imprensaS0bre a variante sul-africana e a eficácia da vacina, o responsável garante que «essa é uma matéria que está a ser acompanhada ao detalhe», contudo «são dados muito recentes».
Recorde-se que na manha desta segunda-feira a DGS publicou uma orientação onde apenas aconselhava a toma da vacina da AstraZeneca a menores de 65 anos. «Até novos dados estarem disponíveis», a vacina «deve ser preferencialmente utilizada para pessoas com 65 ou menos anos de idade».
Numa norma divulgada no seu ‘site’, a DGS acrescenta, no entanto, que «em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada» se só estiver disponível esta vacina.
«Devem ser cumpridas as recomendações do fabricante relativas a manuseamento, preparação e administração, aprovadas na União Europeia, conforme o Resumo das Características do Medicamento», alerta ainda a DGS.
Quanto ao «esquema vacinal», o organismo esclarece que são recomendadas «duas doses com intervalo de 12 semanas». «Se, após a 1ª dose, for confirmada infeção por SARS-CoV-2, não deve ser administrada a 2ª dose. Se foi administrada a 1ª dose a uma pessoa que tenha estado infetada por SARS-CoV2, não deve ser administrada a 2ª dose», explica.