Rússia recorreu de acusação sobre abate do voo MH17, em 2014

A posição de Moscovo foi transmitida oficialmente na quinta-feira à noite pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo

Executive Digest com Lusa
Setembro 19, 2025
14:25

A Rússia recorreu no Tribunal Internacional de Justiça da decisão da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que responsabilizou Moscovo pelo abate do avião da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia, em 2014.

O recurso de Moscovo, submetido ao Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judicial das Nações Unidas, contestou a decisão da OACI “por todos os motivos”, incluindo questões de jurisdição, averiguações de factos e violações processuais.

A posição de Moscovo foi transmitida oficialmente na quinta-feira à noite pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

No passado mês de maio, a Organização da Aviação Civil Internacional considerou a Rússia responsável pelo abate do voo MH17, a 17 de julho de 2014, provocando a morte dos 289 ocupantes.

O organismo internacional de aviação civil representa 193 países e decidiu, pela primeira vez um diferendo entre governos (Holanda e Rússia).

A decisão do OACI ocorreu após a conclusão, em 2016, de uma investigação internacional dirigida pela Holanda.

Os investigadores concluíram que o avião comercial que fazia o percurso entre Amesterdão e Kuala Lumpur foi abatido em território ucraniano controlado por separatistas com recurso a um sistema de mísseis (Buk) fornecido pela Rússia.

Moscovo negou qualquer envolvimento na tragédia do voo MH17.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou a agência de aviação internacional sediada em Montreal, Canadá, de não ter realizado uma investigação internacional “abrangente, completa e independente”.

Para Moscovo, a OACI baseou-se em “conclusões altamente questionáveis” da investigação criminal realizada sob os auspícios Holanda, “parte interessada” e com base em factos adulterados, fornecidos principalmente pela Ucrânia, “outra das partes interessadas”.

A diplomacia russa disse ainda que espera que o Tribunal Internacional de Justiça adote uma posição “totalmente imparcial”.

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