O Ministério Público desencadeou uma operação contra um esquema criminoso envolvendo os Super Dragões, a famosa claque do FC Porto, liderada por Fernando Madureira, conhecido por ‘Macaco’ e o respetivo clã, denominada ‘Operação Bilhete Dourado’. O protocolo entre o clube e a claque previa a distribuição de bilhetes gratuitos para os 4000 sócios, porém, as investigações e buscas de ontem revelam um uso fraudulento destes ingressos, resultando em lucros substanciais para o clã.
Segundo apurado, apenas com os bilhetes dos jogos em casa, o clã Madureira terá obtido lucros superiores a 1,5 milhões de euros por época, considerando preços médios de 15 euros por bilhete, indica o Correio da Manhã.
Também há indícios de negociação de convites oferecidos aos Super Dragões, contribuindo para um enriquecimento rápido e ilícito ao longo de muitos anos do clã Madureira.
Na operação conduzida pela PSP, diversos membros da família Madureira foram constituídos arguidos, incluindo Sandra Madureira, Fernando ‘Macaco’ Madureira, a filha Catarina, a mãe Manuela, a avó Júlia e o futuro genro Jorge. Na residência de Sandra Madureira, foram apreendidos mil bilhetes para o jogo FC Porto-Boavista, além de 20 mil euros em dinheiro.
A operação também teve como alvo membros influentes dos Super Dragões, como Manuel do ‘Bombo’, João ‘Gato’ e o pai e filho Aleixo, já detidos na ‘Operação Pretoriano’, mas que aparentemente continuaram as atividades criminosas.
O Ministério Público planeia solicitar o agravamento das medidas de coação para os envolvidos, que já estavam proibidos de se aproximarem do estádio e de contactarem os Super Dragões. A procuradora responsável deve avançar com a alteração das medidas a muito breve trecho, enquanto o esquema fraudulentamente elaborado pelos Super Dragões continua sob intensa investigação.
