Vladimir Putin perdoa membro de culto satânico condenado por quatro assassinatos macabros que combateu na Ucrânia
Um russo condenado a 20 anos numa prisão de máxima segurança foi perdoado por Vladimir Putin depois de ter sido enviado para a linha da frente na Ucrânia: Nikolai Ogolobyak, de 33 anos, deveria permanecer atrás das grades até 2030 depois de ter sido considerado culpado de um assassinato ritualístico de quatro adolescentes no que as autoridades de Yaroslavl descreveram como um culto satânico.
De acordo com as autoridades russas, o crime, que aconteceu em 2008, foi perpetrado por Ogolobyak e vários outros membros em dois rituais separados: condenado e sentenciado em 2010, Ogolobyak recebeu a pena mais dura pois era o único membro do grupo maior de idade na altura dos assassinatos.
No entanto, Ogolobyak está de regresso a casa depois de ter recebido perdão para lutar na Ucrânia: o pai do condenado confirmou aos media russos que o seu filho passou seis meses na unidade ‘Storm Z’ do Ministério da Defesa da Rússia, composta por condenados libertados da prisão para serem enviados para a Ucrânia.
“Depois de ser ferido, ficou incapacitado”, referiu o pai de Ogolobyak ao site ’76.ru’, acrescentando que o seu filho voltou do hospital no passado dia 2. “Ele está a andar, mas o ferimento foi grave. Não está a trabalhar agora, apenas a recuperar.”
O assassinato teve contornos macabros: o grupo teve como as duas primeiras vítimas Olga Pukhova e Anya Gorokhova, duas adolescentes góticas que conheceram membros do suposto culto na escola. Uma noite, foram levadas para uma floresta depois de terem consumido bebidas alcoólicas, onde foram atacadas com facas, desmembradas e sem os corações e línguas, que terão sido removidos e comidos. De acordo com os promotores russos, os membros do culto tiraram fotos com as cabeças desmembradas das vítimas e que uma das namoradas ter-se-á banhado no sangue das vítimas.
As duas outras vítimas foram um jovem casal, sendo que o promotor alegou que Ogolobyak contou “os golpes em voz alta”: “Contou até chegar a 666”, referiu. Todas as vítimas foram desmembradas e os seus restos mortais enterrados numa área arborizada. A investigação dos assassinatos arrastou-se durante anos, dificultada pelo facto de os corpos terem sido mutilados e espalhados.