Vírus sincicial respiratório: Saiba quais os sintomas, os tratamentos e como prevenir

O vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa mais comum de doença das vias respiratórias inferiores em crianças até aos cinco anos, mas pode provocar doença em todas as idades. Tendo em conta a carga estimada da doença por vírus sincicial respiratório em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) incluiu esta vacina na campanha de vacinação sazonal. Assim, a partir de outubro, e até março de 2025, os bebés nascidos entre 1 de agosto de 2024 e final de março de 2025 vão ser vacinados gratuitamente contra este vírus. De acordo com a DGS, prevê-se que sejam vacinadas 62 mil crianças.

A Direção-Geral da Saúde justifica a decisão de vacinar contra este vírus com a “epidemiologia da infeção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização e a segurança do medicamento”.

A vacina contra a infeção pelo vírus sincicial respiratório vai estar disponível, de forma gratuita, em todas as maternidades dos sectores público, privado e social, para as crianças nascidas entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025, e nos cuidados de saúde primários para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 30 de setembro de 2024. Além destas, serão ainda vacinadas todas as crianças com os fatores de risco definidos pela DGS (por exemplo, crianças com fibrose quística), que não tenham completado 24 meses até ao dia 30 de setembro de 2024.

Veja no artigo abaixo da Deco/Proteste quais os sintomas do vírus sincicial respiratório e como prevenir ou tratar a infeção.

O que é o vírus sincicial?

Trata-se de um vírus que pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, mas, sobretudo, em crianças até aos dois anos. O vírus sincicial respiratório tem como consequência problemas de saúde tais como bronquiolites, inflamação na traqueia e nos brônquios, pneumonia viral, conjuntivite e otite média aguda, entre outros.

Quais os sintomas de infeção pelo vírus sincicial respiratório?

Os sintomas e a gravidade da doença provocada pelo vírus sincicial podem variar com vários fatores, como a idade ou o estado de saúde da pessoa. Os sintomas mais frequentes são:

• tosse;
• secreções nasais;
• secreções oculares;
• febre;
• dificuldade em respirar;
• respiração semelhante a assobio.

Como prevenir as infeções por vírus sincicial?

O vírus sincicial respiratório é muito contagioso e pode sobreviver várias horas nas mãos ou em objetos contaminados. Para prevenir a transmissão de infeções devem ser adotados cuidados de higiene e de etiqueta respiratória semelhantes aos usados para prevenir a transmissão de outros vírus respiratórios, como a covid-19 ou a gripe:

• cobrir o nariz ou a boca com um lenço em caso de tosse ou espirros. Os lenços usados devem ser postos no lixo;
• espirrar para a dobra do braço/cotovelo e não para a mão, sempre que não tiver um lenço à mão. Em locais muito frequentados, com aglomerados de pessoas ou consultórios médicos, use máscara;
• lavar as mãos com frequência com água e sabão sobretudo depois de comer, manusear alimentos ou de contactar com superfícies expostas a outras pessoas (corrimãos, mobiliário de áreas partilhadas, etc.) e desinfetar as mãos depois de tossir, espirrar e assoar o nariz;
• limpar regularmente objetos e superfícies tais como maçanetas, interruptores e dispositivos eletrónicos, como os comandos da televisão ou o telemóvel. Sempre que possível, as superfícies devem ser lavadas com um detergente adequado antes de serem desinfetadas;
• arejar os espaços, de modo a diminuir o risco de transmissão do vírus. Se não for possível abrir janelas, utilize, em alternativa, ventilação mecânica de ar (por exemplo, um aparelho de ar condicionado ou uma ventoinha, desde que esteja garantida a limpeza e manutenção adequada desses sistemas, de acordo com as recomendações do fabricante).

VSR: qual o tratamento?

Não existe tratamento específico para o vírus sincicial respiratório (VSR). Tal como com outras infeções respiratórias ligeiras, a maior parte das infeções por vírus sincicial respiratório acaba por desaparecer ao fim de uma semana ou duas, não sendo necessário mais do que o alívio dos sintomas.

Embora o tratamento possa ser feito em casa, é importante que se monitorize a evolução da situação e que se procure um médico em caso de dificuldade respiratória, desidratação ou agravamento dos sintomas.

No caso das crianças, pode ser prudente contactar o SNS 24 ou o médico assistente (médico de família, pediatra ou outro) principalmente se, além da febre, apresentar pele pálida, não interagir normalmente, tiver dificuldades respiratórias ou febre durante cinco ou mais dias e pouca urina.