Unicredit planeia cortar 6.000 postos de trabalho e encerrar 450 balcões

O UniCredit confirmou planos para o corte de seis mil lugares de trabalho nos próximos quatro anos. O maior banco de Itália iniciou, esta segunda-feira, um processo de negociação com os sindicatos, sobre demissões e o encerramento de agências.

Em Dezembro, o UniCredit já tinha lançado um plano de reestruturação até 2023, segundo o qual estava previsto o corte de oito mil empregos e o encerramento de 500 agências.

Numa carta aos sindicatos, a que a Reuters teve acesso, o banco confirmou agora que o novo plano visa um corte de menos 2.000 lugares de trabalho face ao anteriormente estimado, ou seja, passam a 6.000 despedimentos.

O banco sediado em Milão, que também confirmou o encerramento de 450 balcões, recusou fazer mais declarações.

«O UniCredit continua a ter uma atitude inaceitável», disse Lando Maria Sileoni, chefe do maior sindicato bancário italiano, o FABI, num comunicado em que também pede novo processo de recrutamento para compensar algumas demissões, citado pela Reuters.

A carta do UniCredit dizia que o banco queria encontrar «soluções comuns», apontando para a reforma antecipada de funcionários com idade próxima da mesma, sendo esta a solução preferida dos bancos italianos.

O governo encontra-se a acompanhar a situação e a ministra do Trabalho, Nunzia Catalfo, disse que os principais gestores do UniCredit foram convocados para uma reunião a 21 de fevereiro.