União Europeia anuncia acordo com Pfizer e BioNTech para alterar o contrato da vacina contra a Covid-19

A União Europeia anunciou, esta sexta-feira, ter chegado a acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para alterar o contrato de vacina contra a Covid-19, reduzindo o número que a UE deve comprar e empurrando o prazo de entrega para 2026.

O acordo, de acordo com a agência ‘Reuters’, foi obtido após meses de negociações e por entre a pressão dos Estados-membros sobre Bruxelas para garantir uma mudança no contrato devido a um excesso global de doses da vacina contra a Covid-19 e baixa procura das doses de reforço – diversos Governos europeus já destruíram milhões de doses desnecessárias.

O novo contrato corresponde a “necessidades em evolução”, sublinhou a comissária da Saúde da União Europeia, Stella Kyriakides, em comunicado. Nos últimos dois meses, a responsável instou os Estados-membros a aceitarem a emenda contratual negociada pela Comissão Europeia – no entanto, alguns decidiram sair do acordo alterado, embora Kyriakides não tenha revelado quais. Esses países continuarão vinculados ao contrato atual: segundo fonte da Comissão, tratam-se da Polónia e da Hungria.

O contrato original foi assinado em maio de 2021 e comprometia a UE a comprar 900 milhões de doses da Pfizer/BioNTech, com opção de mais 900 milhões até ao final de 2023. Cerca de metade ou mais das primeiras 900 milhões de doses desse contrato ainda não foram entregues porque a procura caiu no ano passado. A UE não exerceu a opção adicional. Segundo fonte próxima do processo, a mudança no contrato reduziu em cerca de um terço o número de doses restantes que a UE pretende comprar.

Os Estados-membros da UE terão de pagar uma taxa por cada dose cancelada, segundo a mesma a fonte, recusando-se a dizer qual seria a taxa. Por último, o contrato alterado especificou que a UE continuará a ter acesso a vacinas adaptadas a novas variantes assim que forem autorizadas pelos reguladores.