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“Um português só é português se for universal”: Marcelo condecora Tony Carreira em Paris
O cantor Tony Carreira foi condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com as insígnias da Ordem do Infante – grau de comendador, esta quinta-feira, na Embaixada de Portugal em Paris.
Começando por recordar a atleta portuguesa Rosa Mota, Marcelo começou por dizer que era uma homenagem a todos os “portugueses que vivem em França, e que são portadores do que temos de melhor, e que recebem o mesmo de França, país irmão, aliado e que connosco tem ligações muito antigas”, sublinhou.
“Estamos aqui para uma cerimonia homenagem à comunidade portuguesa em França, através de um símbolo seu, que é mais do que isso – uma comunidade que é uma comunidade espantosa, única.
Está presente em todos os setores da vida francesa – com inúmeras qualidades, em que somos inultrapassáveis: em espirito de família, em dedicação à comunidade, em solidariedade, ligação às raízes, adaptação a novas latitudes e longitudes, no domínio das línguas, na aceitação da cultura, realidades e pontos de vista alheios, no trabalho, na devoção, lealdade e honestidade cívica. Somos assim, e aqui em França são muitos os exemplos”, continuou o Presidente da República.
Assim, homenageia-se “um grande”: “Tony Carreira é mais do que a comunidade portuguesa em França, está presente em todo o mundo, tem a sua vida, obra e carreira, e naturalmente desperta ode há portugueses um afeto, proximidade e empatia”, afirmou o Chefe de Estado.
“Mesmo que não tivesse o percurso que teve, o ponto de vista de afirmação e projeção internacional, esta sua presença, a sua solidariedade e comunhão com estas famílias de portugueses e portuguesas, que entram no nosso territórios espiritual, estando fora do físico”, seria justificável a condecoração de Tony Carreira, considerou Marcelo.
“Para ser o Infante D. Henrique… Um português só é português se for universal. A nossa via é partir e chegar, tocar continentes, ultrapassar mares. Sempre seremos assim, somos uma plataforma giratória”, terminou.
Recorde-se que, há oito anos, o cantor, natural da Pampilhosa da Serra e que emigrou para França nos anos 70, foi agraciado pelo governo francês com a Ordem do Cavaleiro das Artes e Letras.
No final, visivelmente emocionado, Tony Carreira agradeceu a todos os amigos, ao público e a todos os portugueses, recordando uma situação de Marcelo Rebelo de Sousa relacionada com a morte de Sara Carreira.