Um em cada dez europeus em risco de pobreza

Na UE, uma em cada dez pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, corria risco de pobreza em 2018. Nos últimos anos, essa percentagem aumentou de 8,6% em 2008 para 9,5% em 2018, de acordo com dados oficiais publicados nesta sexta-feira pelo Eurostat.

O risco de pobreza no trabalho, na UE, difere ligeiramente entre homens e mulheres. Em 2018, 9,9% dos homens empregados encontravam-se em risco de pobreza, comparativamente a 9,1% das mulheres.

Portugal diminuiu o seu risco de pobreza desde 2008

Portugal registou uma percentagem de risco de pobreza no trabalho de 9,7%, em 2018, dividida entre a maioria de homens (10,4%), contra as mulheres (9,0%), ficando assim entre os 10 Estados-Membros com maior risco de pobreza.

Comparativamente aos anos anteriores, Portugal registou uma diminuição da taxa de risco, uma vez que em 2008 a percentagem correspondia a 11,8%, ocupando assim o quarto lugar do ranking e em 2013 a 10,5%.

Os países que ocupam o pódio, registando assim as maiores percentagens de risco de pobreza, em 2018, foram a Roménia, com 15,3%, seguida do Luxemburgo, com 13,5% e também de Espanha, com 12,9%.

Já as menores taxas foram observadas na Finlândia, com apenas 3,1%, na República Checa, com 3,4% e na Irlanda, com 4,9%.

Trabalhadores a tempo parcial e em trabalho temporário, com maior risco de pobreza

Os trabalhadores em regime de ‘part-time’ , bem como os empregados com contratos de trabalho temporários, têm uma maior probabilidade de risco de pobreza do que aqueles que trabalham a tempo inteiro ou têm contratos permanentes.

Em 2018, os trabalhadores a tempo parcial na UE corriam o dobro do risco de pobreza monetária, cerca de 15,7% mais do que os empregados a tempo inteiro, cuja percentagem era de apenas 7,8%. Os trabalhadores com empregos temporários corriam um risco quase três vezes superior, de 16,2% relativamente àqueles com emprego permanente, com uma percentagem de 6,1%.