Ucrânia constrói a sua ‘própria NATO’ enquanto espera um convite formal

Kiev já assinou 20 acordos bilaterais de segurança com países membros da NATO: em guerra com a Rússia há quase dois anos e meio e sem um convite formal para integrar a aliança atlântica, Kiev tem tentado criar “a sua própria NATO”, relata o jornal ‘POLITICO’.

De acordo com a publicação, a estratégia de Kiev tem passado por estreitar relações diretas com países aliados, com acordos bilaterais de segurança contra os ataques russos – já foram estabelecidos mais de 20, nos quais estão incluídos pacotes de ajuda militar e financeira. Nos Estados Unidos, o acordo, assinado em junho, tem 21 páginas nas quais Washington promete “um forte e duradouro apoio” à Ucrânia, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, esta semana.

Mas esses acordos são fracos em comparação com os dos aliados da NATO: a aliança é construída em torno do Artigo 5 – a disposição de todos por um e um por todos de que um ataque a um membro é tratado como um ataque a todos. Obriga os países da NATO a fornecer apoio, incluindo tropas, para proteger um colega.

A garantia da NATO é um tratado – o que significa que os países o ratificaram e as suas disposições são lei.

Os acordos da Ucrânia não oferecem tal proteção. Os acordos não prometem que os aliados de Kiev enviarão tropas para ajudar – em vez disso, oferecem uma consulta no prazo de 24 horas para discutir a resposta apropriada em caso de nova agressão russa.

No ano passado, 32 países comprometeram-se a assinar acordos de segurança individuais com a Ucrânia. Até hoje, Kiev assinou 19 acordos bilaterais com vários países e um com a União Europeia.

Há um reconhecimento de que tais acordos são apenas uma estação intermediária para entrar na NATO. “Acreditamos que é importante que haja uma ponte para a adesão da Ucrânia à NATO”, salienta Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, numa conferência de imprensa esta semana. “É claro que este acordo bilateral de segurança não substitui isso, mas é uma das coisas que vemos como parte dessa ponte para um dia a Ucrânia poder aderir à NATO.”

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