Trump recusa-se a descartar o uso de força militar para controlar a Gronelândia e o Canal do Panamá e deixa ‘ameaça’ à Dinamarca
Donald Trump recusou-se a dizer que não usaria medidas militares ou económicas para colocar o Canal do Panamá e a ilha da Gronelândia sob controlo dos EUA.
“Não, não lhe posso garantir nenhuma dessas duas coisas”, apontou o presidente eleito dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa em Mar-a-Lago, quando questionado se descartaria “coerção militar ou económica” para colocar os EUA no comando dos dois territórios.
“Mas, posso dizer isso, precisamos deles para a nossa segurança económica. O Canal do Panamá foi construído para os nossos militares. Não me vou comprometer com isso agora… pode ser que vocês tenham que fazer alguma coisa”, continuou Trump, acrescentando: “O Canal do Panamá é vital para o nosso país. Ele está a ser operado pela China, e nós demos o Canal do Panamá ao Panamá. Nós o não demos à China, e eles abusaram dele.”
“Precisamos da Gronelândia para fins de segurança nacional. Já me disseram isso há muito tempo, muito antes de eu concorrer. Quer dizer, as pessoas têm falado sobre isso há muito tempo”, referiu Trump. “Há aproximadamente 45 mil pessoas lá. As pessoas realmente nem sabem se a Dinamarca tem algum direito legal a isso. Mas se tiverem, deveriam desistir, porque precisamos disso para a segurança nacional. Isto é para o mundo livre. Estamos a falar sobre proteger o mundo livre”, reforçou, salientando que havia “navios chineses, navios russos por todo o lado” – terminou com ameaças à Dinamarca com tarifas “de nível muito alto” se não cumprissem.