Trump celebra acordo entre Israel e Hamas e diz que só foi possível “graças à vitória de novembro” nas presidenciais

O presidente eleito dos EUA Donald Trump celebrou esta quarta-feira o acordo de cessar-fogo em Gaza a que chegaram Israel e o Hamas, assumindo que tal se deve também ao seu papel de mediador. A declaração, feita na sua plataforma Truth Social, surgiu após informações de que Israel e o Hamas teriam chegado a um entendimento para um cessar-fogo no conflito em Gaza.

“Temos um acordo para os reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve”, escreveu Trump, destacando o impacto do recente acordo.

A declaração de Trump foi acompanhada de um texto detalhado no qual o presidente eleito creditou o acordo à sua vitória nas eleições presidenciais de novembro. “Este acordo épico de cessar-fogo só poderia ter acontecido como resultado da nossa histórica vitória em novembro, que sinalizou ao mundo inteiro que a minha administração buscaria a paz e negociaria acordos para garantir a segurança de todos os americanos e dos nossos aliados”, afirmou.

Trump expressou entusiasmo pelo regresso iminente dos reféns americanos e israelitas às suas famílias e destacou o papel da sua equipa de segurança nacional no desenrolar do processo. Segundo o presidente eleito, o enviado especial ao Médio Oriente, Steve Witkoff, liderou os esforços para garantir que Gaza “nunca mais se torne um refúgio para terroristas”.

A visão de Trump para a região vai além do cessar-fogo imediato. O presidente eleito dos EUA sublinhou o seu compromisso com a promoção da paz e da segurança através de uma política de “força”. “Continuaremos a promover a paz através da força em toda a região, enquanto aproveitamos o momento deste cessar-fogo para expandir ainda mais os históricos Acordos de Abraão”, referiu Trump, numa alusão aos acordos de normalização entre Israel e países árabes alcançados durante a sua anterior presidência.

Trump encerrou a sua declaração com um tom otimista, salientando que a sua influência tem sido decisiva mesmo antes de retomar oficialmente o cargo de presidente. “Conseguimos tanto sem sequer estarmos na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que acontecerão quando eu regressar à Casa Branca e a minha administração estiver totalmente confirmada para garantir mais vitórias para os Estados Unidos!”

Embora detalhes sobre o acordo de cessar-fogo e as condições específicas para a libertação dos reféns não tenham sido divulgados oficialmente, as declarações de Trump refletem a importância de esforços diplomáticos contínuos para alcançar estabilidade numa das regiões mais voláteis do mundo.

A comunidade internacional aguarda agora a concretização do cessar-fogo e a libertação dos reféns, com os olhos postos no papel que a futura administração Trump poderá desempenhar na definição dos rumos da política externa dos Estados Unidos.