Trump admite esperar pelas eleições para fechar acordo comercial com a China

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na passada na quinta-feira que pode não conseguir fechar a segunda parte do acordo comercial com a China até às eleições de 2020.

Trump disse que o seu governo vai negociar a segunda parte do acordo apenas depois de concluir o chamado acordo de primeira fase, contudo essa questão poderá ser mais demorada do que o esperado, levando o presidente americano a considerar que o acordo pode ter uma maior influência  se for selado depois da sua oferta de reeleição, em novembro de 2020.

«Acho que posso esperar até depois das eleições, porque ao fazer isso será possível selar um acordo um pouco melhor, talvez muito melhor», declarou o líder dos EUA citado pela CNN.

O planeado seria que o contrato comercial entre o Presidente Donald Trump e as autoridades chinesas, fosse celebrado a 15 de janeiro, conforme avançado ontem pela Executive Digest, envolvendo algum alívio tarifário, um aumento das compras chinesas de produtos agrícolas dos EUA, bem como alterações nas regras de propriedade intelectual e tecnológico.

Trump tem pressionado para fechar este acordo comercial entre aquelas que são duas das maiores potências económicas do mundo, tentando simultaneamente reprimir os abusos comerciais na China.

Esta não foi a primeira vez que o presidente americano sugeriu esperar até depois das eleições para fechar o acordo, alguns dias antes de Washington e Pequim anunciarem a primeira parte do pacto comercial, Trump já havia dito «de certa forma, eu gosto da ideia de esperar até depois das eleições para fechar o acordo na China».

O líder americano lutou para tentar reverter uma guerra comercial que ameaçava o sustento de agricultores e outros empresários dos EUA, dependentes do comércio chinês. Trump considera o sector agrícola um eleitorado absolutamente fundamental, tanto que o seu governo aprovou até ao momento cerca de 28 mil milhões de dólares para ajudar os agricultores.

Durante a guerra comercial os EUA aplicaram tarifas de mais de 500 mil milhões de dólares em produtos chineses, já Pequim aplicou impostos sobre mais de 100 mil milhões de dólares em importações americanas.

Os investidores aplaudiram os esforços dos EUA e China para ultrapassar o conflito comercial, temendo que este se tornasse num forte obstáculo ao desenvolvimento económico.