Três portugueses entre prisioneiros políticos na Venezuela
A organização não governamental (ONG) venezuelana Foro Penal disse que há três pessoas com nacionalidade portuguesa entre os 1.877 detidos por razões políticas na Venezuela.
Numa nota publicada na rede social Instagram na segunda-feira, a ONG que lidera a defesa das pessoas detidas por motivos de consciência na Venezuela disse que, dos 1.877 reclusos, 19 são estrangeiros e 31 têm dupla nacionalidade.
Dos detidos com dupla nacionalidade, três são portugueses, 12 são espanhóis, nove italianos, seis colombianos e um chileno, disse a Foro Penal.
A ONG acrescentou que, dos 19 estrangeiros, quatro são colombianos, três equatorianos, dois espanhóis e os restantes são da Argentina, Guiana, México, Peru, Ucrânia, Uruguai e Estados Unidos.
Até quarta-feira, a Foro Penal tinha contabilizado 1.877 “presos políticos”, incluindo seis adolescentes entre os 14 e os 17 anos.
De acordo com dados oficiais, cerca de 2.400 pessoas foram detidas no âmbito dos protestos pós-eleitorais, que causaram também 28 mortes, incluindo dois militares, e 192 feridos.
Horas antes, o Ministério Público (MP) da Venezuela anunciou que foram libertados mais 177 detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho, elevando para 910 o número de libertações.
As revisões de medidas para os arguidos resultaram de uma avaliação dos processos judiciais ligados “à violência pós-eleitoral”, em coordenação com o poder judicial, e “na sequência dos graves acontecimentos que pretendiam gerar uma guerra civil após as eleições presidenciais de 28 de julho”, afirmou o MP venezuelano em comun