Trabalhadores da Trust in News realizam esta quinta-feira para discutir situação da empresa

O administrador de insolvência da Trust in News (TiN) convocou um plenário de trabalhadores para esta quinta-feira, 02 de janeiro, sobre a situação atual da empresa, segundo comunicado da Comissão de Trabalhadores a que a Lusa teve acesso.

“A pedido do administrador de insolvência, a Comissão de Trabalhadores vem por este meio convocar a realização de um plenário de trabalhadores para o dia 02 de janeiro de 2025, quinta-feira, às 15:00”, lê-se no documento.

O plenário tem na ordem de trabalhos a discussão da situação atual e futura da TiN, das suas publicações e dos seus trabalhadores, a apresentação e discussão e a votação de propostas ou moções.

O plano de reestruturação da TiN prevê a suspensão das revistas TVMais e Activa, entre outras, e a Exame continuará mensal em parceria com outro grupo editorial, noticiou a Lusa na segunda-feira.

O plano foi entregue no dia 27 de dezembro, tal como o presidente da TiN, Luís Delgado, tinha avançado no parlamento, em 18 de dezembro.

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e digital – Visão, Exame, Exame Informática, Courrier Internacional, Jornal de Letras, Visão História, Caras, Ativa, TV Mais, Visão Júnior, Telenovelas, Caras Decoração, Visão Saúde, Visão Biografia, Visão Surf, This is Portugal, e A Nossa Prima, e ainda um ‘website’ informativo Holofote -, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.

Este plano de reestruturação é “parte do processo de insolvência, reafirmando o compromisso com a continuidade da empresa, a proteção dos postos de trabalho e a regularização das suas obrigações financeiras”, refere a TiN, no documento.

Os trabalhadores lamentaram que o plano de reestruturação da empresa só agora tenha sido apresentado, depois de perder “capacidade de pagar salários” e esperam propostas alternativas, disse à Lusa a delegada sindical da Visão.

Também o presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), Luís Simões, considerou que o plano vem “demasiado tarde” para o grupo, que ainda poderia ser salvo na totalidade.

“Luís Delgado teve todo o tempo para ter um plano. Neste momento já nos parece demasiado tarde”, disse o presidente do sindicato, na segunda-feira.

“Eu espero e creio que até lá [assembleia de credores] haja propostas, até de aquisição”, disse Luís Simões, referindo que podem ser para todas as revistas, a maioria ou apenas algumas.