Trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit realizam hoje “Marcha pelo Emprego e pela Produção Nacional”
Os trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit realizam hoje a “Marcha pelo Emprego e pela Produção Nacional”, num percurso entre o Campo das Cebolas e o Ministério da Economia.
Esta iniciativa tem como objetivo pressionar o Governo a encontrar as soluções que recuperem a laboração da fábrica através de um projeto inovador de transformação de vidro com painéis solares para tejadilhos e janelas de veículos elétricos e híbridos e garantam o emprego dos operários vidreiros qualificados que foram alvo do despedimento coletivo.
A negociação dos termos do despedimento coletivo da Saint-Gobain de Santa Iria da Azoia, Loures, terminou a 28 setembro sem acordo entre as partes e os trabalhadores, que viram a sua compensação majorada e alguns benefícios sociais prorrogados, prometeram continuar a lutar.
Dessa negociação resultou que a empresa vai duplicar o valor das indemnizações relativamente ao que é obrigatório por lei e vai manter alguns benefícios ao longo do próximo ano, nomeadamente seguros de saúde e de vida.
Dos 130 trabalhadores da fábrica, 06 vão ser recolocados num armazém da Saint-Gobain em Palmela e os restantes já receberam as cartas de aviso prévio de despedimento e, tendo em conta os prazos legais em função da antiguidade, vão perder o vínculo laboral em novembro e dezembro.
A empresa tinha contratado os serviços de uma consultora para ajudar a encontrar novos empregos para os trabalhadores a despedir e comprometeu-se a manter esse apoio até ao início do próximo ano.
Em Portugal, o Grupo Saint-Gobain emprega cerca de 800 trabalhadores distribuídos por 11 empresas e oito fábricas e totaliza um volume de faturação correspondente a 180 milhões de euros.
A decisão de encerramento da atividade produtiva da empresa e o consequente despedimento coletivo dos 130 trabalhadores foi anunciada no dia 24 de agosto.