Trabalhadoras da Coindu penduram hoje as batas. É o seu último dia de trabalho
As trabalhadoras da fábrica da Coindu, em Arcos de Valdevez, planeiam um gesto simbólico para marcar o encerramento definitivo da unidade, esta quinta-feira. No final do turno, por volta das 14 horas, vão pendurar as batas no gradeamento da fábrica, acompanhadas das datas de entrada e saída e respetivos números de colaborador.
Os 350 trabalhadores vão receber, além dos direitos previstos ao abrigo do despedimento coletivo, mais 17% de indemnização por cada ano de trabalho.
Recorde-se que, em 15 de outubro último, o Gruppo Mastrotto, fundado em 1958 na Itália, anunciou, em comunicado, a aquisição de “uma participação maioritária na Coindu – Componentes Para A Indústria Automóvel, SA , por meio de uma contribuição de capital para apoiar o relançamento do negócio”.
“Esta transação faz com que a Coindu se torne parte de um grupo líder da indústria de couro, consolidando a sua estabilidade financeira e operacional. Para o Gruppo Mastrotto, esta operação visa avançar a integração vertical, aumentando a capacidade da empresa de oferecer soluções de ponta a ponta para os interiores dos automóveis e, fortalecendo sua posição competitiva no mercado global”, lê-se da nota.
O Gruppo Mastrotto acrescenta estar, tal como a Coindu, “comprometido em expandir sua presença em segmentos de mercado de luxo”. Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e em Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, empregando no total cerca de 2.000 trabalhadores.
A empresa é especializada na produção de capas para assentos de automóveis e peças decorativas de superfície para interiores. Na nota enviada à imprensa, o SIMA refere que “desde que o grupo Mastrotto adquiriu a maioria da empresa Coindu que se fala que a unidade dos Arcos de Valdevez seria vendida, havendo já visitas à empresa por parte de uma outra empresa vizinha”.
*com Lusa