
Tiffany não ficou sem resposta. Louis Vuitton recusa as acusações e também segue a via judicial
A marca de luxo francesa Louis Vuitton (LVMH) disse esta quinta-feira que vai processar a empresa norte-americana de jóias Tiffany, para combater as acusações de que estava deliberadamente a tentar desistir de um acordo de aquisição.
Recorde-se que a LVMH, liderada pelo bilionário Bernard Arnault, informou esta quarta-feira que não podia concluir a compra da Tiffany, no valor de 13,776 milhões de euros, após o governo francês ter solicitado um atraso na consolidação da compra.
O cancelamento deveu-se, segundo a LVMH, a uma “sucessão de acontecimentos” que “enfraqueceram a transacção”, informou a empresa à visada, que reagiu com um processo judicial nos Estados Unidos.
A empresa norte-americana de jóias apresentou então uma acção judicial contra a LVMH em Delaware – o estado norte-americano onde a empresa, com sede em Nova Iorque, está registada – para a forçar a concluir o negócio, tal como acordado no ano passado.
“A LVMH ficou surpreendida com a acção judicial intentada pela Tiffany contra o grupo”, afirmou numa declaração, considerando-a “sem fundamento”. “A LVMH vai defender-se vigorosamente”, sublinhou a empresa, citada pela agência Reuters.
A marca francesa de luxo, que também vai apresentar a sua queixa em Delaware, acrescentou que o processo contestaria a forma como a Tiffany geriu os seus negócios durante a pandemia, incluindo o pagamento de dividendos.
A LVMH explicou esta quarta-feira que não podia concluir o negócio nos termos acordados devido à intervenção do governo francês, e que não desejava prolongar o prazo de encerramento além da data original de 24 de Novembro. No entanto, rejeitou a alegação da Tiffany de que estava a atrasar a transacção.