«Têm de ser criadas condições para voltar a abrir (escolas) o mais rápido possível», diz ministro
O ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, visitou esta segunda-feira uma escola em São Brás de Alportel, sublinhando a importância de voltar a abrir as escolas «o mais rápido possível» e apelando para isso a um «esforço coletivo» de toda a comunidade, porque «nada substitui as aulas presenciais».
«Cada uma das nossas crianças tem necessariamente constrangimentos. Sabemos que a saúde física e mental dos nosso jovens está a ser afetada pelo distanciamento. Sabemos que é através da escola que muitas das respostas sociais e pedagógicas se dão, com outra extensão», referiu o responsável em declarações aos jornalistas.
Tiago Brandão Rodrigues diz que «vemos os alunos a dizer que é muito importante e tão bom voltar à escola depois de 15 dias de afastamento, todos os colegas queriam fazer exatamente a mesma coisa», adianta. «Por isso é importante dotar cada uma das famílias das condições necessárias».
«Se foi difícil fecharmos as escolas sabendo que o tínhamos de fazer em determinado momento, temos de fazer um esforço coletivo, para criar as condições sanitárias para voltar a abrir o mais rápido possível, sempre com segurança e começando pelos mais pequenos, que têm menos autonomia», afirmou.
O ministro não quis adiantar uma data para a reabertura das escolas, mas referiu que «em breve existirão sessões com peritos e epidemiologistas», que já disseram que «a diminuição desta terceira vaga aconteceu mesmo antes do encerramento das escolas, sabemos que nalgumas das outras regiões aconteceu um dia depois do encerramento».
Ainda assim, Tiago Brandão Rodrigues admite que «temos de ser diretos e transparentes, sabemos que fechando as escolas diminuímos a circulação e interação entre as pessoas», sublinha. «Temos de continuar a trabalhar entre todos para aumentar a segurança, com todas as regras, para podermos ir abrindo a sociedade sempre com cuidado», alertou.
Sobre a faixa etária dos alunos que poderiam regressar primeiro às aulas presenciais, o responsável volta a sublinhar a importância de «falar com os epidemiologistas», mas ressalva: «Sabemos que os alunos do jardim de infância e primeiro ciclo tem mais dificuldade para terem autonomia e para o ensino à distância».
Questionado sobre se os professores estão preparados para o ensino à distância, concretamente exemplificando com as aulas de educação física, o responsável refere que «os professores têm aprendido muito e cada vez têm metodologias mais refinadas para poderem chamar os seu alunos», afirma sublinhando a importância «do equilíbrio entre aulas síncronas e assíncronas». Este equilíbrio, «deve ser entendido pelos professores e pelos pais», considera.
Ainda assim o ministro avisa que «não podemos tornar natural, ou sobrevalorizar o ensino à distância porque este «não substitui o presencial». «Sabemos que precisamos dele neste momento, mas também sabemos que temos que criar as condições para voltar à escola e utilizar estas metodologias no futuro», conclui.