Taiwan deteta primeira patrulha de “prontidão de combate” da China em 2025

Taiwan detetou hoje a primeira patrulha de “prontidão de combate” do Exército chinês perto do seu território este ano, após Pequim ter intensificado a pressão militar sobre a ilha durante 2024.

Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) de Taiwan afirmou ter detetado 22 incursões de diferentes tipos de aeronaves chinesas, incluindo caças J-16, aviões de alerta precoce KJ-500 e veículos aéreos não tripulados (‘drones’), “realizando atividades no mar”, a partir das 08:50 horas (00:50, em Lisboa).

No total, 18 cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan e entraram nas regiões norte, centro, sudoeste e leste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan para realizar “patrulhas conjuntas de alerta e prontidão de combate” com navios da marinha.

“As forças armadas utilizaram métodos conjuntos de vigilância e reconhecimento para monitorizarem a situação de perto, destacando aviões, navios e sistemas de mísseis costeiros para gerir as incursões de forma adequada”, afirmou o ministério na declaração.

As tensões entre a China e Taiwan, uma ilha governada autonomamente e considerada pelas autoridades de Pequim como uma província sua, que deve ser reunificada, aumentaram após a tomada de posse do líder pró-independência da ilha, William Lai, em 20 de maio.

Em 2024, o Ministério da Defesa Nacional detetou um total de 3.067 incursões de aviões de guerra chineses em torno do seu território, mais 80% do que no ano anterior, e um recorde anual desde que estes dados começaram a ser divulgados.

O Governo taiwanês propôs aumentar o orçamento da defesa para um máximo histórico de 647 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 19 mil milhões de euros) até 2025, um valor que poderá ser reduzido até 28%, depois de a oposição ter aprovado uma lei que modifica a afetação de receitas do Governo central.