Soldados israelitas roubaram mais de 50 milhões de euros de banco de Gaza

Soldados israelitas terão apreendido 54,29 milhões de dólares (cerca de 50,33 milhões de euros) da sede do Banco da Palestina, situada na cidade de Gaza, denunciou esta segunda-feira o jornal israelita ‘Maariv’.

De acordo com a publicação, que citou oficiais israelitas, uma força militar tomou os fundos alocados para a Autoridade Palestiniana, com sede em Ramallah, depois de ter sido atacada no bairro de al-Rimal, na semana passada – o objetivo era garantir que “o dinheiro não chegasse ao Hamas”, tendo a ação sido “decidida no nível político”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu entretanto a sua estratégia de manter a pressão militar sobre Gaza como forma de libertar os reféns, depois de o exército ter conseguido resgatar dois deles numa operação em Rafah.

Em comunicado, Netanyahu acrescentou que “só a continuação da pressão militar, até à vitória completa, resultará na libertação dos reféns”.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram esta segunda-feira o resgate em Rafah de dois israelitas feitos reféns durante o ataque do Hamas em solo israelita em outubro.

O exército israelita acrescentou que “três terroristas foram mortos no edifício”, indicou num relatório preliminar.

De acordo com autoridades palestinianas, a operação de libertação dos reféns causou a morte de pelo menos sete pessoas.

No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao exército que preparasse uma ofensiva contra Rafah, onde chegaram, nas últimas semanas, mais de 1,3 milhões de palestinianos em fuga da guerra.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, vários ataques aéreos israelitas causaram hoje “cerca de 100 mortos” em Rafah, no sul da Faixa de Gaza

Israel tem atacado a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço do Hamas, que Telavive diz ter matado quase 1.200 pessoas. A ofensiva israelita deixou 85% da população de Gaza deslocada internamente devido à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, segundo a ONU.