Serviços secretos russos dizem que impediram plano ucraniano para assassinar oligarca próximo de Putin
Os serviços de informação da Federação Russa (FSU) revelaram ter impedido uma tentativa de homicídio do empresário Konstantin Malofeyev por parte da Ucrânia, informaram as agências de notícias da Rússia, esta segunda-feira.
O plano, que terá sido desmantelado, tinha como objetivo a morte do oligarca russo apoiante da invasão da Ucrânia, e iria basear-se em métodos semelhantes aos usados no atentado que vitimou Darya Dugina, jornalista, ativista política russa no ano passado.
A filha do “cérebro de Putin”, que defendeu a invasão russa da Ucrânia e alegou que os crimes de guerra contra civis ucranianos cometidos pelo exército russo foram encenados, morreu em agosto de 2022, quando o carro onde seguia explodiu. Na altura, a Ucrânia negou qualquer envolvimento na sua morte.
Como existia já uma suspeita dos serviços de informação russos de que o carro do oligarca pudesse estar armadilhado, os agentes intervieram para travar este plano. Malofeyev é o dono da Tsargrad TV, onde são dadas opiniões nacionalistas, elogiada a visão do presidente russo Vladimir Putin e apoiada a ofensiva militar russa no território ucraniano.
Para corroborar a teoria do homicídio, o canal de televisão russo Zvezda TV divulgou um vídeo, fornecido pelo Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB), onde se pode ver que um homem aproximou-se do carro, deixou algo debaixo e fugiu. Posteriormente, foram também partilhas imagens de um robô a tirar o que parece ser um dispositivo da parte inferior do veículo.
Apesar de os serviços de informação russos terem responsabilizado a Ucrânia por tentativa de homicídio do empresário e especificado que o plano foi levado a cabo pelo ativista de extrema-direita Denis Kapustin, russo radicado na Ucrânia, em comunicado, Kiev ainda não se manifestou.
Foi ainda dado a conhecer publicamente a abertura de um inquérito a Kapustin por ofensas terroristas e tráfico de explosivos, segundo o mesmo documento. Até ao momento, o antigo lutador de artes marciais não comentou a acusação de que é alvo, apenas remeteu comentários para o Corpo de Voluntários da Rússia, que integra as Forças Armadas da Ucrânia, do qual faz parte.