SEAT aposta nos SUV e nas mulheres para crescer
Tendo registado no primeiro trimestre de 2015 o seu primeiro exercício com lucros em sete anos, a SEAT prepara-se agora para dar continuidade ao período de crescimento, com o presidente-executivo Juergen Stackmann a anunciar as directrizes que vão guiar a marca espanhola nos próximos anos.
Dessas, a aposta para aumentar as receitas da marca espanhola do grupo Volkswagen, passa por uma maior presença no segmento dos SUV e por uma maior proximidade à franja de clientes femininas, que passam a ser também um ‘alvo’ da SEAT.
Em declarações prestadas à Automotive News Europe, Stackmann afirmou que “o próximo passo será entrar no segmento dos crossovers sub-compactos”. No entanto, o executivo não prevê, a curto-prazo, uma aposta nos SUV com maiores dimensões, apesar de a SEAT ter lançado o concept Visio 2020 no Salão de Genebra deste ano. “Ainda não estamos posicionados para vender produtos com mais de 4.65 metros na nossa rede”, assume Juergen Stackmann, que prevê a entrada do fabricante espanhol nesse segmento num prazo entre “três ou cinco anos”.
Até agora, uma marca direccionada para o público masculino e desportivo, a SEAT pretende apelar também às mulheres, alargando a sua base de clientes. Para isso, lançou no ano passado uma versão especial do citadino Mii, em parceria com a marca de roupa conterrânea Mango. O Mii by Mango custa mais dois mil euros em relação ao valor da versão base e vendeu três mil unidades em 2014. “É direccionado para mulheres modernas e que gostam de moda, com cerca de 35 anos e que tenham um poder de compra acima da média”, afirma o executivo à mesma publicação. A campanha deste modelo não foi desenhada com os contornos habituais, tendo-se focado nas redes sociais e nos blogues femininos, como é exemplo a bloguer portuguesa Vanessa Martins.
A SEAT continua a apostar primariamente no mercado europeu, onde, por exemplo, no Reino Unido e em França, continua a lutar pela expansão. Já na Alemanha, o executivo alerta para a necessidade de “refinar e melhorar os resultados das vendas e o pós-venda”, corroborando a ideia de que a SEAT pretende focar a sua estratégia na criação de lucro e não de volume.