“Se Israel for atacado, certamente ajudaremos a defender”: Pentágono reforça auxílio a Telavive face ao aumento das tensões na região

Os Estados Unidos vão defender Israel de ataques, garantiu esta quarta-feira o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, depois de os ataques israelitas terem morto dois comandantes seniores apoiados pelo Irão e conforme aumentam os receios sobre um conflito mais amplo no Médio Oriente.

“Se Israel for atacado, certamente ajudaremos a defender Israel”, referiu o secretário americano aos media, a bordo do ‘USNS Millinocket’ durante uma visita às Filipinas. “Viram-nos a fazer isso em abril: podem esperar ver-nos fazer isso de novo.”

Recorde-se que os Estados Unidos, assim como outros aliados israelitas como o Reino Unido e França, estiveram envolvidos na intercetação de uma barragem sem precedentes de drones e mísseis iranianos disparados contra Israel por parte do Irão, Iraque, Síria e Iémen, em meados de abril. “Ajudámos Israel a derrubar quase todos os drones e mísseis que chegavam”, salientou o presidente americano, Joe Biden, na época.

Washington tem referido que não quer ver uma escalada na região, e os EUA vão “trabalhar duro para garantir que estamos a fazer coisas para ajudar a baixar a temperatura e abordar as questões por meios diplomáticos”, indicou Austin – no entanto, os temores sobre a escalada foram alimentados por Israel, que informou esta terça-feira à noite que realizou um “ataque direcionado” na capital libanesa, Beirute, o que causou a morte de um comandante sénior do Hezzbollah.

De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, Fuad Shukr é considerado como o “braço-direito” de Hassan Nasrallah, o líder do partido político e grupo militante apoiado pelo Irão. Shukr terá sido responsável por um ataque mortal num campo de futebol nas Colinas de Golã controladas por Israel no passado fim de semana que matou 12 crianças e adolescentes.

Poucas horas depois de Israel relatar o ataque a Shukr, no Líbano, o Hamas informou que Ismail Haniyeh, o principal líder político da organização política, foi morto num ataque israelense em Teerão, após participar na cerimónia de posse do novo presidente do Irão.

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