Sarampo: Casos na Europa disparam para 30 vezes mais num ano e OMS apela a vacinação e “medidas urgentes”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com a velocidade “alarmante” a que os casos de sarampo têm crescido na europa e os responsáveis alertaram, esta terça-feira, que são necessárias “medidas urgentes” para travar o fenómeno, apelando à vacinação contra a doença.

Segundo a OMS, os casos no continente passaram de 941, em 2022, para mais de 30 mil no ano passado, e as autoridades de saúde apontam que é o resultado de menos crianças terem sido vacinadas contra o sarampo durante a pandemia da Covid-19.

“Temos visto na região, não sum um aumento em 30 vezes os casos de sarampo, mas também registamos 21 mil hospitalizações e cinco mortes relacionadas com a doença”, alertou Hans Kluge, diretor-regional para a Europa da OMS.

“A vacinação é a única maneira de proteger as crianças desta doença potencialmente perigosa”, recordou o responsável.

O sarampo pode ser uma doença perigosa em qualquer idade. Começa como uma febre ata e erupção na pele, sintomas que desaparecem em 10 dias. No entanto a doença pode incluir complicações como pneumonia, meningite, convulsões ou cegueira.

Estão em maior risco os bebés que são muito novo para receber a primeira dose da vacina MMR, as mulheres grávidas e as pessoas com sistema imunitário enfraquecido.

A OMS pediu aos vários países europeus para detetarem responderem rapidamente aos surtos que estejam a ser detetados, acelerando a vacinação.

Segundo as autoridades de saúde, o sarampo afetou todas as faixas etárias no ano passado, incluindo jovens e idosos. Dois em cada cinco casos, em médica, ocorreram em crianças com entre 1 e 4 anos. Em 20% dos casos tratava-se de um adulto, com 20 anos ou mais, com sarampo.

Os dados mostram que, entre janeiro e outubro de 2023, quase 21 mil pessoas em toda a Europa foram internadas em hospitais devido ao sarampo, com mortes registadas em dois países.

Ao mesmo tempo, a taxa de vacinação com a primeira dose da vacina MMR caiu de 96% para 93% em toda a Europa, entre 2019 e 2022. No mesmo período, a percentagem de crianças que tomam a segunda dose caiu de 92% para 91%.

“A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo no desempenho do sistema de imunização neste período, resultando numa acumulação de crianças não [vacinadas] e subvacinada”, avisa a OMS, que destaca que com o aumento de viagens internacionais e menos medidas de distanciamento social, dispara o risco de a doença de espalhar.

Informa a OMS que até os países que declararam a eliminação do sarampo estão em risco de registarem grandes surtos.

As autoridades de saúde terminam indicando que a melhor forma de travar a doença é vacinar 95% de todas as crianças com duas doses da vacina, em todas as comunidade, de forma a evitar propagação e contágio.